domingo, 18 de agosto de 2013
A IDEIA DA VIOLÊNCIA NO TRABALHO INTERNO
domingo, 24 de junho de 2007
AS RENÚNCIAS DO SENHOR BUDA

Olá.
Mais um texto retirado de um fórum que discute as falsas doutrinas dos falsos Cristos.
Amigos,
Foi citado, neste tópico, pelo Vítor Lunz, o exemplo do Buda Sidharta Gautama e sua a renúncia aos bens materiais, então me senti no dever de abordar esse exemplo de Buda, um grande Mestre de espíritos, pois considero essa uma virtude muito importante no caminho espiritual e creio que merece alguns comentários adicionais.
É importante aprofundar no tema da renúncia, que não é tão difícil assim de se entender. Renúncia significa sacrificar ou desistir de algo que pareça fundamental num momento dado em prol de algo que sabemos significar mais. Indubitavelmente, quando fazemos uma opção espiritual, estamos fazendo uma renúncia a outros estilos de vida.
É quase inevitável que uma jornada espiritual comece com uma decisão de renúncia a um certo modo de vida. Essa decisão tem menos a ver com a mudança de ambiente ou com abandonar pessoas do que com a transformação do seu interior, embora essa transformação interior leve, por conseqüência, a uma mudança radical de todo o modo de vida. Mais conhecimento interior, mais iluminação nos leva a compreender as ilusões deste mundo físico, motivando um distanciamento das coisas fúteis e passageiras, as riquezas, o dinheiro, a ostentação. É fundamental aprender o significado interior da renúncia para descobrir a naturalidade da sabedoria interior e a simplicidade autêntica e verdadeira.
É interessante e sempre uma fonte de inspiração observarmos a história de Sidharta Gautama, um jovem príncipe que renunciou aos prazeres de uma vida fácil e às riquezas do reino de seu pai para buscar o caminho da liberação e da iluminação.
Falarei um pouco sobre a história de Buda, na esperança de que possamos relembrá-la e retirar ensinamento desse valoroso exemplo espiritual, que até hoje inspira e conduz os buscadores.
Sidharta nasceu herdeiro de um trono. Pouco antes de seu nascimento, profetas locais haviam feito presságios, dizendo que o príncipe Sidharta poderia se transformar em um poderoso monarca ou se transformar em um asceta.
O rei, pai de Sidharta, apavorado com a possibilidade de ver o seu filho vivendo como um asceta, mendigando pelas ruelas, carregando um pires na mão e vestindo trapos, tentou impedir tal acontecimento. Para isso, o rei cercou o seu filho com todos os luxos e nunca permitiu que ele tivesse contato com o mundo exterior e seus problemas e sofrimentos.
Aos 28 anos de idade, Sidharta Gautama, com a ajuda de um criado, acabou se aventurando para fora do palácio pela primeira vez e viu coisas que mudaram a sua vida:
1) Um homem sofrendo dores de uma doença.
2) Um homem sofrendo aflições por causa da velhice.
3) Um homem morto sendo levado para ser cremado.
Esses impactantes contatos com o sofrimento do mundo fizeram brotar em seu coração sentimentos de imensa e profunda compaixão.
Por que tanto sofrimento? O que posso fazer para ajudar essas pessoas? Assim refletia e se perguntava o jovem príncipe Sidharta.
Quando voltava ao palácio, com essas indagações fervilhando dentro de seu Ser, deparou-se com um homem caminhando tranqüilo pela estrada. Esse homem estava usando uma túnica muito simples de um asceta errante, cheia de trapos, carregando um prato e pedindo esmolas.
Essa quarta visão determinou profundamente o rumo da vida de Sidharta Gautama.
Com tudo que viu e presenciou ao se deparar com o mundo real e sofrido fora do palácio, de tão assustador e comovente que foi, ele se sentiu na obrigação de fazer uma opção espiritual e de se tornar um buscador.
Naquela mesma noite, Sidharta saiu do castelo e deu as costas para as riquezas, o prazer e todo conforto. Trocou suas belas e requintadas roupas de nobre pelas roupas maltrapilhas de um asceta.
Alguns dizem que esses passos iniciais demonstram a total renúncia de Buda, mas a saída do castelo foi só o começo de uma longa caminhada. O Senhor Buda não alcançou a iluminação apenas porque abandonou a vida de príncipe, esse foi apenas o primeiro passo.
Mas justamente esse é um grande ensinamento de que muitos líderes espirituais do mundo atual se esquecem completamente. Muitos querem ser considerados grandes iluminados sem nunca terem renunciado aos prazeres mundanos. Isso é absurdo!
Infelizmente, a maioria dos buscadores não consegue vencer nem essa primeira prova.
O Buda se aprofundou tenazmente na meditação, praticou iogas e filosofias hindus de todos os tipos, durante anos, até se tornar totalmente iluminado. No transcorrer desses anos, teve que aprender a renunciar a milhares de outros apegos, e muitos deles ainda mais difíceis de serem vencidos.
Precisou abrir mão do próprio ego, das próprias opiniões, conceitos, convicções e interesses egocêntricos. Precisava se soltar dessas amarras, dessas prisões; precisava parar de ser contido pela ignorância, pelo desejo, pelo apego.
Muitos falsos Cristos e falsos Mestres tentam ser guias de milhares de pessoas sem nunca terem renunciado aos interesses egóicos, ao luxo, à arrogância, à forma dura e agressiva com que tratam seus subordinados. Muitos deles acham que a renúncia que importa é aquela que faz com que seus discípulos larguem seus familiares, seus afazeres e tudo o mais para se dedicarem e se entregarem ao seu líder, ao seu mestre, ao seu Cristo.
No entanto eles cometem o erro de pensar que o caminho espiritual deve incentivar-nos a distanciar das responsabilidades, dos amigos ou da família. A renúncia espiritual é muito mais profunda que qualquer um desses gestos exteriores.
Geralmente, os falsos mestres ensinam a seus discípulos a renunciarem a tudo apenas para segui-los. Porém esses falsos mestres não dão o exemplo, não fazem, eles mesmos, a renúncia dos prazeres mundanos e dos bens materiais.
Um bom exemplo sobre dessa renúncia espiritual profunda é o do iogue tibetano Milarepa, do séc. XI. Ele dizia que queria viver e morrer sem remorsos. Queria libertar-se da culpa e do terror; queria ter paz de espírito e coração amoroso.
Hoje ele é lembrado como poeta e santo, mas, antes de dedicar a vida à iluminação, Milarepa foi responsável por várias mortes numa briga entre clãs na sua cidade. Com imenso remorso, culpa e terror, ele deu uma guinada completa, renunciou ao próprio comportamento, afastou-se da vida tumultuada em que se envolvera.
Sabemos que ele não renunciou inteiramente à família, porque sua irmã Peta o ajudou e acabou tornando-se iogue também. Milarepa alcançou a iluminação perfeita ainda em vida.
Esta frase explica bem isso tudo: “Libertar-se do apego significa romper o laço que o identifica com seus desejos. Os desejos permanecem: fazem parte da dança da natureza, mas quem renuncia já não mais se identifica com seus desejos”.
A renúncia implica diversos e penosos sacrifícios. E ninguém gosta de falar em sacrifícios atualmente. Parece algo fora de moda e enfadonho. É muito mais agradável tratar a espiritualidade em hotéis luxuosos, em ambientes caros, e todos vestidos com roupas caras, em eventos realizados com muita pompa. Falar de sacrifício e renúncia para esses líderes é quase uma ofensa.
Na verdade, os únicos sacrificados nessa história são os pobres discípulos desses falsos mestres, que têm que tirar água da pedra para conseguir participar desses eventos pomposos. Esses, coitados, têm que se sacrificar ao máximo.
Essas são as falsas renúncias, ou seja, são renúncias motivadas por falsos ensinamentos e falsos propósitos, renúncias motivadas por pressões emocionais e psicológicas.
Na espiritualidade verdadeira, ensinada por Mestres autênticos, a renúncia é uma opção espiritual que só pode ser realizada quando o solo está preparado e não pode ser imposta por outra pessoa, é uma decisão individual, interna.
Temos que alcançar a consciência de que estamos preparados para renunciar a estilos de vida, padrões de comportamento, desejos mundanos, renunciar ao ego horripilante, à arrogância e à maneira dura e agressiva de ser e de agir. E isso deve partir de nossa consciência, não pode ser imposto como regra de um líder ou de um determinado grupo.
Essa renúncia não é algo que se conquista do dia para a noite. Estamos cobertos por muitas camadas de parasitas incrustados, sedimentos, bugigangas da nossa horripilante sucata cármica. É necessário dissolver tudo isso aos poucos. Todos nós acumulamos bagagem emocional excessiva e só conseguimos nos desfazer dela aos pouquinhos. Só com o tempo, é possível dissolver essa bagagem calcificada. Para isso fazemos milhares de opções espirituais, pequenas e grandes. E fazemos isso dia após dia.
Um buscador autêntico precisa renunciar à sua própria vida, precisa trabalhar sobre suas tendências à ganância, ao consumismo, à ira, à ostentação, ao acúmulo de riquezas, à manipulação mental de outras pessoas. Cada pequena renúncia a cada hábito do pensar autodestruidor facilita mais ainda a nossa próxima renúncia.
Há 2.500 anos, quando o Buda viu o sofrimento que existia no mundo, ele abriu o coração compadecido; não fugiu do que viu, não cobriu a cabeça para se esconder, não escondeu a cabeça dentro do casco como faz a tartaruga. Não guardou os sentimentos nem evitou a realidade, isolando-se do sofrimento ao seu redor; pelo contrário, deu um salto gigantesco. Até os dias de hoje a terra ainda estremece com o seu pouso.
Há muitos aspectos e formas de renúncia a serem compreendidos, são níveis e níveis. Uma renúncia verdadeira e autêntica é conquistada após profundas reflexões e é fundamental no caminho espiritual. No entanto, neste mundo moderno em que vivemos, muitos líderes e guias espirituais não conseguem dar esse salto, não conseguem renunciar aos prazeres, confortos e riquezas.
O Senhor Buda nos deixou seu exemplo maravilhoso, o que nos serve de alerta para tudo o que acontece à nossa volta e também em nosso mundo interior.
Cabe a nós escolher se queremos continuar afundados na lama das doutrinas adulteradas, pregadas por falsos mestres e falsos Cristos, ou se queremos dar saltos espirituais gigantescos, motivados pelo exemplo do Buda Sidharta Gautama, do Mestre Samael e de outros Grandes Seres.
A decisão, como sempre, é nossa.
Paz Inverencial!
ESPIRITUALIDADE VERDADEIRA E RENÚNCIA ÀS RIQUEZAS

Olá.
Reproduzimos aqui um maravilhoso texto retirado de um fórum que discute também as falsas doutrinas dos falsos Cristos.
Abraços.
ESPIRITUALIDADE VERDADEIRA E RENÚNCIA ÀS RIQUEZAS
“Outro aspecto que deve ser mencionado é que Samael jamais cobrou ou deixou que cobrassem um único centavo para participarem de suas conferências. Seu preceito, proposto pelo seu próprio exemplo, era o de que não se cobrasse pelo ensinamento gnóstico; e dizia: ‘Fora com o comércio da gnose’.”
(Fernando Salazar Bañol)
“O Bhagavân Râmakrishna praticou o ideal da renúncia às riquezas a tal ponto que conseguiu fazer com que seu corpo respondesse involuntariamente ao contato de uma moeda, a qual lhe produziu um estremecimento repulsivo até o estado de sono profundo. Vimo-lo, com freqüência, sofrer dor quando era obrigado a tocar numa moeda de qualquer metal. Quem poderia ser um ideal mais perfeito de renunciação nesta idade de materialismo?”
(Evangelho de Râmakrishna)
“Só os que não têm nada podem experimentar a liberdade gratuita Daquele que alimenta os pássaros e as flores. As aves são livres porque não têm celeiros. Só os que recebem sabem dar. Para amar, é preciso ser pobre. É a pobreza que transforma este mundo de interesses e espadas em um grande lar onde uns dão e outros recebem. E, acima de todas as razões, meu Senhor Jesus Cristo fez-se pobre.”
(São Francisco de Assis)
A vida espiritual dos Grandes Mestres do Espírito, invariavelmente, tem algo em comum: a renúncia às riquezas e ao poder!
Nesta introdução, citamos três Grandes Mestres: Samael Aun Weor, Râmakrishna e Francisco de Assis. Todos eles demonstraram, através do exemplo de suas próprias vidas, esse profundo ensinamento da renúncia ao dinheiro, às riquezas e ao poder.
Além deles, temos o exemplo do mais exaltado Mestre de todos os tempos: Jesus Cristo, que nos ensinou:
“É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus.”
Para a grande tristeza dos Mestres da Loja Branca, muitos aqui, na Terra, esqueceram-se destes profundos ensinamentos e viraram as costas para a humildade e a simplicidade.
Existem por aí alguns falsos Cristos, que não pregam a bondade amorosa e vivem cercados de luxo, roupas caras, maquiagem, ostentação. Não pregam a humildade e a simplicidade, não trilham o mesmo caminho dos Grandes Mestres e, por isso, são falsos Mestres.
Não podemos nos esquecer dos ensinamentos do Mestre Jesus Cristo, do Mestre Samael, de Francisco de Assis e do Santo da Índia, Râmakrishna. Esses Mestres viveram na própria carne o ensinamento da santa pobreza, da humildade, da compaixão. Deixaram pérolas de ensinamento incrustadas no caminho. Essas pérolas são as luzes que temos para nos guiar.
Aqueles que não enxergam essas luzes estão cegos no caminho. E, se queremos avançar, não podemos nos deixar guiar pelos cegos espirituais, por falsos Cristos e falsos Mestres, pois assim acabaremos nos desviando muito do caminho reto. Os cegos espirituais caminham para o abismo e levam com eles seus fanáticos seguidores adormecidos.
A luz primordial se encontra dentro de nosso coração, é a nossa chama divina, a nossa essência. Essa luz divina conecta-se, sintoniza-se com essas pérolas deixadas no caminho pelos Grandes Mestres.
Quando a nossa essência se depara com essas pérolas divinas, ela vibra; todo o nosso corpo é sacudido por esse encontro divino e maravilhoso. Isso é natural, simples, não tem nada de artificial, não nos é imposto.
Já os falsos Cristos, que são cegos espirituais e não possuem nenhuma pérola de sabedoria, precisam se impor através do medo e da dominação mental e emocional de seus seguidores. Esses falsos Mestres não exalam o perfume da pureza, não exalam verdade, por isso jamais conseguem estabelecer aquela sintonia verdadeira e profunda com seus seguidores.
Sobre isso, já nos alertava o nosso bendito Mestre Samael Aun Weor:
“Nestes tempos, há muitos falsos Cristos, e os que os seguem cometem o delito da alta traição”.
Aqueles seres que não exalam o perfume da bondade, da humildade, da caridade e do amor, que não possuem o brilho da verdadeira luz de sabedoria e não conseguem estabelecer a conexão natural e profunda de seus ensinamentos com as almas sinceras, que buscam o verdadeiro caminho espiritual, não são dignos de serem considerados Grandes Mestres, pois não passam de falsos aproveitadores e comerciantes da gnose.
Os verdadeiros Mestres são simples, renunciam a todas as comodidades e bens materiais, vivem em harmonia com a luz divina. O único anelo desses Seres Divinos é nos fazer compreender a importância da nossa mais imediata purificação interior através do nosso trabalho interno. Esses Seres Divinos buscam através de suas pérolas de sabedoria, nos apresentar meios hábeis e puros para trilharmos essa divina senda da auto-realização íntima do Ser.
OM SEJA FORÇA!
Paz Inverencial.
Autor: Defensor da Doutrina
quinta-feira, 17 de maio de 2007
MARTHA: A HUMILDADE

MARTHA PEDIU E RECEBEU PERMISSÃO PARA FALAR
E Jesus deu a mão a Martha e disse: ‘Bendito todo aquele que se humilha porque eles terão misericórdia dele. Agora e portanto, Martha, és bendita, mas proclama já a solução da idéia do Arrependimento de Pistis Sophia’.”
“Martha, dentro de nós, é essa Parte do nosso Ser que representa a virtude da Humildade.
Três classes de relações são indispensáveis. A primeira é a relação com o nosso próprio corpo. A segunda é a relação com meio ambiente. A terceira é a relação consigo próprio.
Se não sabemos relacionar-nos sabiamente com o nosso corpo, adoecemos.
Se não sabemos relacionar-nos com o meio ambiente que nos rodeia, criamos muitos conflitos.
Se não sabemos relacionar-nos corretamente com as distintas Partes do Ser, a verdadeira Iluminação torna-se algo mais que impossível.
O orgulhoso, o engrandecido, o vaidoso, jamais poderá relacionar-se sabiamente com a Parte Superior do Ser.
Somente Martha, a Humildade, pode proclamar a solução do Arrependimento de Sophia.”
(Livro a PISTIS SOPHIA DESVELADA, V.M. SAMAEL AUN WEOR)
Essas são as benditas palavras do Mestre Samael ao desvelar a Pistis Sophia, e ele nos fala sobre Martha, a parte de nosso Ser que representa a humildade.
É muito importante refletir sobre esta virtude do coração: A HUMILDADE.
Em um Ser Cristificado, as virtudes fluem como um rio flui para o mar, as virtudes se expressam totalmente, de forma natural. A consciência crística desse grandioso Ser se expressa por seus atos, sua conduta, sua maneira de ser, atuar e sentir.
Por isso, quando imaginamos um Cristo no meio de nós, imaginamos que a sua conduta deve ser doce, suave, humilde, simples, honesta, santa, casta, pura e que isso deve se expressar na sua conduta, na sua vida diária.
Porém, se existe um falso “Cristo”, um mitômano no meio de nós, percebe-se que a sua personalidade está muito ativa, notam-se traços fortes de certos egos do orgulho, da fantasia, do apego ao poder e ao dinheiro, arrogâncias, etc., embora ele tente, de todas as formas, disfarçar essas manifestações egóicas com muitos sofismas e uma retórica que visa a confundir seus seguidores e a convencê-los de que suas atitudes, ainda que não condizentes com as virtudes e a santidade absoluta, estejam corretas. Mas sabemos que essas não são atitudes de um Ser crístico real.
Nas palavras de Tertuliano: “O Demônio tem lutado contra a verdade de muitas maneiras, inclusive defendendo-a para melhor destruí-la”.
Assim, um falso Cristo, muitas vezes, fala das virtudes e propaga o ensinamento sagrado, porém seu ensinamento é sempre distorcido e suas virtudes são sempre fora de lugar, pois ele não vibra com a Luz e com a Harmonia do Cosmos. E, principalmente, ele não possui a bendita virtude da HUMILDADE, por meio da qual se reconhecem todos os grandes Seres e as grandes Almas. Somente os pequeninos e os humildes herdarão o Reino dos Céus.
CRISTO é a força mais poderosa do Cosmos.
CRISTO é Bondade, Compaixão, Humildade.
CRISTO é Compaixão, de uma maneira muito consciente, pois essa virtude é uma jóia muito preciosa.
O Amor é, em si mesmo, Bondade e Nobreza.
A nobreza suporta tudo, agüenta tudo e aceita tudo; transforma o mal em bem e transforma o bem em luz. A bondade e a nobreza estão cheias de amor, amor e amor. O universo existe por nobreza e bondade do Logos.
A doutrina da nobreza e da bondade é o exercício diário de um Cristo, é uma lei que também é o nosso alimento. É um alimento que é digerido na forma de exemplos, ou seja, quando vemos um Cristo atuando, aprendemos com suas atitudes, aprendemos, sobretudo, com seu exemplo.
Infelizmente, certos líderes religiosos, alguns diretores de seitas de esoterismo e de autoconhecimento parecem ter fechado o coração para as coisas simples, para os Dons de Deus. Isso ocorre porque o orgulho místico e a mitomania têm esse poder de endurecer corações e fechar as portas para o caminho do verdadeiro Cristo Íntimo, pois esses defeitos são contrários ao nascimento do Cristo em nossos corações.
A Humildade deve sempre inundar o coração do Adepto, para que ele possa percorrer o verdadeiro caminho crístico, da santidade e do amor.
“Quem será digno de subir ao monte do Senhor? Ou de permanecer no seu lugar santo? Quem tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca vaidades nem perjura para enganar seu próximo.” (Salmo de David, Heb. 24)
“Quanto mais fores elevado, mais te humilharás em tudo, e perante Deus acharás misericórdia, porque só a Deus pertence a onipotência, e é pelos humildes que Ele é verdadeiramente honrado. (Eclesiástico 3 - 20 e 21)
“Sede humildes para alcançar a iluminação. E, depois de alcançada, sede todavia mais humildes.” (V.M. Samael Aun Weor)
“Bendito todo aquele que se humilha porque eles terão misericórdia dele. Agora e portanto, Martha, és bendita, mas proclama já a solução da idéia do Arrependimento de Pistis Sophia.” (Jesus, O CRISTO)
terça-feira, 1 de maio de 2007
A PISTIS SOPHIA DESVELADA

Nestes tempos atuais, devemos ter muita atenção para o perigo dos falsos mestres, dos falsos Cristos, dos falsos profetas, pois o Mestre Jesus, o Mestre Samael e os ensinamentos sagrados já nos alertaram sobre isso.
Se hoje conhecemos alguém que diz ser um Cristo, que se autoproclama Cristo, simplesmente podemos ter a compreensão de que esta pessoa pode ser um falso Cristo, porque um Cristo verdadeiro não falaria isso. Um Mestre verdadeiro somente pode estar encarnado em uma pessoa humilde e simples, com uma personalidade bem humilde, que não diz que é um Cristo.
Se alguém demonstra vaidade ao falar de suas encarnações e atributos pessoais, esta pessoa não pode ser um Cristo, porque essa atitude não é coerente com um Mestre de Perfeição.
Através das palavras de sabedoria do Mestre Samael, ao desvelar a Pistis Sophia que o próprio Mestre Jesus Cristo nos revelou, podemos ter uma compreensão ampla desse assunto.
Que possamos refletir e meditar profundamente sobre as seguintes palavras, retiradas do livro “A Pistis Sophia Desvelada”.
A PISTIS SOPHIA
Capítulo 7
Como a Vestidura de Luz lhe foi enviada.
Os Iniciados devem conhecer os movimentos simbólicos do Sol da Meia-Noite.
Ascender equivale a nascer, subir, manifestar-se, etc.
Descender alegoriza a morte de algo, descenso de algo, etc.
O Sol, com pleno esplendor no meio-dia, alegoriza a plenitude total, triunfo completo, êxito em tal ou qual Iniciação, etc., etc., etc.
Estamos referindo-nos, de forma enfática, ao Cristo Sol, ao Logos, ao Sol Astral.
Os Místicos vêm ao Sol Astral; Ele lhes guia na Senda do Fio da Navalha.
Quando as nuvens do espaço lhe cobrem, isto significa que o ego animal ainda está muito forte no Iniciado.
É necessário, é urgente dissolver o ego animal, reduzi-lo a poeira cósmica.
O Sol Cristo ascendendo através do Primeiro Mistério significa ação do Senhor por Vontade do Pai.
O próprio Universo no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso Ser, surgiu, veio à existência quando o Sol ascendeu através do Primeiro Mistério.
Foi por Vontade do Ancião dos Dias que o Sol ascendeu através do Primeiro Mistério.
O Cristo Íntimo não vem à manifestação antes da hora da crucificação, senão agora.
É aqui e agora onde o Senhor deve ser crucificado.
O Senhor é crucificado dentro de nós mesmos.
O Senhor deve viver todo o Drama Cósmico, tal como está escrito nos Quatro Evangelhos, dentro de nós mesmo, aqui e agora.
Porém está escrito que devemos encarná-lo previamente, tu o sabes.
Convém, contudo, fazer a seguinte advertência:
Olhai que ninguém vos engane.
Porque virão muitos em meu nome dizendo: “Eu sou o Cristo”, e a muitos enganarão.
Vede Mateus 24, versículos 4 e 5, Novo Testamento.
É espantosamente difícil a Iniciação Venusta.
Na Iniciação Venusta se encarna o Cristo Íntimo.
Muito raro é aquele que logra encarná-lo.
Porém existem também alguns equivocados sinceros que pensam de si mesmos o melhor.
Esses dizem: “Eu o tenho encarnado”, “Eu sou o Cristo”.
Tais pessoas enganam a si mesmas e enganam a outros.
Então, se alguém vos disser: “Olhai, aqui está o Cristo” ou “Olhai, ali está”, não lhe creiais.
Porque se levantarão falsos Cristos e falsos profetas e farão grandes sinais e prodígios de tal maneira que enganarão, se for possível, ainda aos Escolhidos.
Já o vos disse antes.
Assim que, se vos disserem: “Olhai, está no deserto”, não saias; ou “Olhai, está nos aposentos”, não lhe creiais.
Porque, como o relâmpago que sai do Oriente se mostra até o Ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem.
Vede Mateus 24, versículos 23, 24, 25, 26 e 27.
A Vestidura de Luz do Cristo Íntimo, ainda que originalmente lhe fosse concedida, deve ser elaborada no Tear de Deus, no Mistério Vinte e Quatro da Grande Obra.
A Vestidura de Luz do Cristo Íntimo, símbolo de todos os seus poderes, tem-na o Pai em seu poder, o Pai é o Primeiro e o Último dos Mistérios.
O Cristo Íntimo, encarnado em tal ou qual homem simples e humilde, usará no Mistério sua Vestidura Sagrada.
As pessoas profanas nunca conhecerão a Vestidura de Luz.
O Cristo Íntimo se encontra recoberto pela humilde personalidade de alguém.
Nunca as pessoas poderão reconhecer o Cristo encarnado.
O Cristo Íntimo é o Instrutor do Mundo.
O Instrutor do Mundo encarnado deverá percorrer com a raça humana e revelar-lhe desde o principio da Verdade até seu final.
O Adepto que o tenha encarnado saberá amá-lo dentro de si mesmo e nunca dirá: “Eu sou o Cristo”.
O Mestre que o tenha encarnado adorará ao Senhor e lhe servirá de instrumento.
O Senhor encarnado percorrerá com os seres humanos desde os interiores dos interiores até os exteriores dos exteriores, e desde os exteriores dos exteriores até os interiores dos interiores.
Tudo isso significa que o Senhor pode auxiliar ao Ser do Ser e à personalidade humana.
O Instrutor do Mundo encarnado pode instruir não somente as pessoas humanas, mas, sim, também ao Ser das mesmas e, por último, ao Ser do Ser.
Ajuda ao exterior do exterior significa auxílio total em toda ordem de coisas.
Ajuda ao interior do interior significa instrução plena ao Ser do Ser.
O Cristo Íntimo encarnado não somente ajuda, mas, sim, também ajuda a ajudar.
Somente os Adeptos de Perfeição o têm encarnado.
Porém vos digo: sede vigilantes porque, nestes tempos do fim, são muitos os que presumem ser Adeptos de Perfeição.
Cuidai-vos dos falsos profetas.”
(V. M. Samael Aun Weor)
domingo, 29 de abril de 2007
SER PEQUENINO!
(Francisco de Assis)
“No fundo, a verdade é esta: ninguém quer parecer pequeno e fraco. Apesar das frases retumbantes, temos vergonha da manjedoura, do presépio e da cruz do calvário. O Senhor não nos chamou para pregar brilhantemente o mistério da cruz, e sim para vivê-lo humildemente.”
(Francisco de Assis)
“Deixem que as crianças venham a mim, não atrapalhem, porque o Reino de Deus é dos que são como as crianças. E lembrem-se disto: Quem não receber o Reino de Deus igual a uma criança nunca entrará nele. Em seguida, Jesus pegou as crianças em seus braços, pôs as mãos em cima delas e as abençoou.”
(Marcos 10.13-16)
Ser criança é ser inocente e puro. É ter a essência em sua expressão máxima, aquele brilho angelical dos olhos, um sorriso que parece vir de Deus. É uma dádiva estar em contato com uma essência pura e divinal de uma criança, de um pequenino ser. Aprofundando nossa visão, podemos dizer que, diante de uma criancinha, temos um recado vivo do nosso Pai Sagrado em relação ao nosso trabalho interno: temos que ser puros e pequeninos como uma criança.
O nosso amado Jesus cristificado forneceu-nos um grande e profundo ensinamento. Em outras religiões, também se compara a pureza de uma alma iluminada com uma criança. São ensinamentos divinos para nós, seres humanos, que perdemos essa inocência pura.
Essa pureza encontrada nas criancinhas é constantemente relacionada com o nosso caminho na senda da iniciação, na busca do autoconhecimento, do despertar. Nos textos sagrados e no verbo de ouro dos seres cristificados, sempre escutamos, embevecidos de alegria, a mesma mensagem: temos que ser puros como as crianças!
O caminho da iniciação é a senda da pureza. A iniciação se percorre com humildade, sendo crianças puras, sem buscar um avanço por vaidade ou para ostentação diante dos demais. Também não se deve almejar fama ou glória. Quem quer percorrer o caminho crístico não pode estar buscando aplausos e mais aplausos em eventos, conferências, seminários, tampouco pode desejar ser bem visto e apontado como um Mestre avançado ou um ser cristificado.
Que glória uma criancinha busca ao estar sorrindo para os seus pais, ao brincar? Ela tem o olhar da pureza e da inocência, a sua essência reage de forma simples e singela, vibra de acordo com os desígnios do Pai Sagrado.
Os grandes Seres que buscaram e alcançaram a cristificação mostraram, no exemplo de suas vidas e em seus ensinamentos, com muita humildade, que o sendeiro da iniciação não se percorre buscando importância ou querendo sobressair-se.
Infelizmente e terrivelmente, nos últimos anos, em algumas seitas esotéricas, religiões e escolas de autoconhecimento, percebemos um crescimento acentuado da valorização da aparência externa, das formalidades, da busca pela importância e pelo poder. Muitos líderes religiosos, espiritualistas, esotéricos buscam o reconhecimento, posições, títulos, graus, poder, mando, domínio; mas, dessa forma, caminham pelas trilhas do prazer e da vaidade, no sendeiro da obscuridade e da ignorância.
Alguns querem mostrar-se importantes e muito avançados internamente, contando vantagem sobre suas supostas encarnações famosas e destacadas, e assim acabam tropeçando na grande pedra da mitomania. Eis aí o grave erro!
O caminho do Cristo crucificado é o sendeiro da humildade, da simplicidade, da compaixão, da insignificância. Só devemos buscar ser pequeninos como uma simples criança, viver em plena humildade, com simplicidade, sem vaidade, sem ostentação, sem desejar fama nem glória, sem buscar aplausos nem reconhecimentos pessoais.
Seguir o caminho do Cristo é viver na mais absoluta santidade, em uma vida simples, com o coração repleto de bondade, é viver com humildade, ter compaixão, e não buscar recompensas de prazeres e admiração.
Cristo Jesus, Cristo Samael, Cristo de Assis e tantos outros nos mostraram que o despertar acontece quando somos humildes, simples, quando não temos vaidades de nenhuma espécie nem intenções ocultas de sermos avançados ou admirados.
Quem quer trilhar esse caminho deve ser simples, amável, compassivo, bondoso, santo e humilde. Não há outra forma. O Mestre Samael nos deixou diversos exemplos de simplicidade e humildade. Ele nos mostrou o caminho. Basta ver os relatos de seus vários discípulos. Por que muitos se esqueceram desses exemplos e dessas lições?
De nada adianta buscar o poder das multidões, o domínio de grandes plateias, o destaque no discurso e na oratória, apenas para comandar e dominar a vida de milhares de pessoas. Isso é justamente o oposto dos ensinamentos sagrados, ou seja, é uma prática visivelmente contrária à humildade dos ensinamentos do Cristo crucificado. Melhor seria se pudéssemos percorrer o sendeiro da pureza, da insignificância, da humildade diante de todos. Se queremos o despertar, devemos aprender a ser pequeninos e humildes. Quem vive para o prazer e para o reconhecimento de suas virtudes e vaidades está, na verdade, vivendo para o mundo da matéria, das formas, das aparências externas, que nenhum valor têm para o mundo do espírito, da pureza e da espiritualidade verdadeira.
Os iniciados, aqueles que buscam vencer a si mesmo, trilham o sendeiro da renúncia, da insignificância, buscando ser pequenos e de nenhum valor pessoal; renunciam aos prazeres da carne e do mundo. Sabem ser pequenos em sua personalidade mundana, mas enormes de pureza e de espírito.
Por que é tão importante ser humilde e pequenino como uma criança? Porque o exemplo de vida fala mais alto que mil palavras jogadas ao vento. Por mais que esses líderes espirituais reúnam milhares de pessoas, organizem eventos maravilhosos, sejam respeitados, aos olhos de seus seguidores, por suas posturas destacadas, eles não possuem o que é mais sagrado para os Seres da Loja Branca: o sorriso puro e a humildade de uma criança simples e feliz.
A felicidade desse sorriso puro é alcançada quando temos, em nosso dia-a-dia, uma conduta perfeita, fazendo a vontade da Loja Branca, sendo obedientes aos anseios divinos de nossos Pais Sagrados. A felicidade está em sermos santos, humildes, místicos. A alegria do iniciado é recolher-se no seu Ser Interno, absorvido em sua consciência, sem vaidade, sem ostentação, sem buscar recompensa.
Essa conduta humilde, de saber ser pequenino, não é uma questão de aparência, de máscara espiritual, como vemos em muitas pessoas de grupos espiritualistas. Não é nada disso! Buscar essa conduta perfeita é ter amor ao próximo, é amar a humanidade lembrando-se dos passos de Jesus crucificado, de Francisco de Assis e de outros exemplos da espiritualidade verdadeira.
Para ser pequenino como uma criança, temos que viver sempre abertos ao novo, ter os olhos de uma criança a todo o momento, em todas as nossas atitudes do dia-a-dia. Como é possível, por exemplo, buscar a luz e a humildade nas suas atitudes, se a pessoa tem um lar em conflitos e dividido? Para trilhar o caminho do crucificado, temos que procurar ter um lar perfeito, conviver em harmonia, ser um casal perfeito. No lar, devemos viver sem brigas, sem discussões, sem ressentimentos, sem gritos e sem adultérios.
O despertar se manifesta nas atividades mais corriqueiras e simples da vida, chega nos momentos mais simples e insignificantes da vida. O despertar de nossa alma ou nossa consciência só acontece quando somos pequeninos em personalidade e grandes em humildade.
Se observarmos o mundo e as pessoas ao nosso ao redor, poderemos ver que uns são vaidosos por suas posses, seus bens, seu intelecto, sua sabedoria, sua esposa. Outros são vaidosos por sua profissão, seu status ou seu dinheiro. Outros, ainda, por sua aparência, seu corpo esbelto, bem desenvolvido. Tudo é vaidade. Os valores estão invertidos em nossa sociedade. Dessa forma, não poderemos seguir os passos do crucificado, que é o caminho da pura simplicidade, pura humildade, pura insignificância.
O grande ensinamento dos Mestres cristificados é: “Enamora-te de ser pequenino e humilde”. Infelizmente, ninguém quer ser insignificante. Todos querem ser algo na vida, estimulados pelos valores atuais da sociedade, de uma educação distorcida e das vaidades do mundo.
Quando somos pequeninos, nosso Ser se engrandece, a humildade floresce, e assim a vaidade, o orgulho e a arrogância vão desaparecendo de nossas condutas externas, de nossa vida e de nossos pensamentos e sentimentos.
“Meu filho, não nos esqueçamos da cruz. Como custa despojar-nos! Como é difícil tornar-se pobre. Ninguém quer ser pequenino. Cremos que podemos e temos que fazer alguma cosia: redimir, organizar, transformar, salvar. Só Deus salva, meu filho. Na hora da verdade, nossas organizações de salvação, nossas estratégias apostólicas vão rolando pela ladeira da frustração. Temos lições recentes, mas não nos corrigimos. Acredita-me, meu filho, é infinitamente mais fácil montar uma poderosa maquinaria de conquista apostólica do que fazer-se pequenino e humilde.
A salvação é fazer-mos pequeninos. Comecemos reconhecendo que só Deus salva, só Ele é onipotente, e não precisa de ninguém. Se precisasse de alguma coisa, seria de servos pequeninos, pobres e humildes, que imitem Seu Filho submisso e obediente, capazes de amar e perdoar. Da nossa parte, só isso. O resto fica por conta de Deus.” (Francisco de Assis)
Por isso nos ensinou o Mestre Samael, com muita sabedoria:
“Sede humildes para alcançar a iluminação. E, depois de alcançada, sede todavia mais humildes.” (V.M. Samael Aun Weor)
Paz Inverencial!
domingo, 22 de abril de 2007
O AMOR NÃO É AMADO!

As correntes da mística superior provenientes dessa conduta perfeita fazem transbordar em nossos corações anelos espirituais cada vez mais intensos. Quando relembramos os passos sagrados da vida de seres cristificados, como Jesus Cristo, Samael Aun Weor, Francisco de Assis, há um terremoto espiritual dentro de nossa terra interior. É como se a Divindade provocasse um turbilhão de anseios amorosos em nosso mundo interno. Essas recordações, quando encontram um coração aberto para a verdadeira espiritualidade, fazem-nos perceber que as virtudes da alma são ferramentas divinas nas mãos desses grandes Mestres de espíritos.
“Vou abrir meu coração e contar-te umas coisas muitos Íntimas. Quando penso na humildade de meu Senhor redentor, que se calava quando era caluniado, que não ameaçava quando lhe batiam, que não protestava quando era insultado...quando penso na paciência infinita de meu Senhor Jesus Cristo, sinto vontade de chorar e uma vontade louca de que me joguem barro, pó, pedras; que me lancem blasfêmias e me aticem cachorros. Seria o homem mais feliz do mundo. E, quando penso que Ele fez tudo isso por nosso amor, oh! Sinto que fico louco, que me nascem asas para voar pelo mundo gritando: O AMOR NÃO É AMADO, O AMOR NÃO É AMADO!”
(São Francisco de Assis)
“O amor não é amado!” Para aqueles que têm a essência acessa em seus corações, é impossível não tremer e chorar diante de tão singelas palavras. Realmente, é algo divino perceber como cinco palavrinhas têm o poder de destruir as barreiras do orgulho em nosso coração tão machucado e provocar anelos profundos de encontrar o amor irrestrito ao nosso Cristo Íntimo.
Os diversos guias espirituais, líderes de escolas de esoterismo crístico e escolas de autoconhecimento deveriam seguir o exemplo do bendito Irmão de Assis, deveriam ser verdadeiros Mestres de espíritos. Infelizmente, o que vemos por aí são mestres do engano e da mentira, mestres em mitomania, senhores poderosos, reis da matéria.
Para esses mestres do engano, a humildade, o brilho sincero nos olhos, refletindo o amor do coração puro, a misericórdia, a compaixão, são coisas de loucos, de pessoas que viveram em outras épocas. Só querem promover valores espirituais baseados em premissas equivocadas e o endeusamento de falsos cristos.
O que poderíamos dizer para esses líderes espirituais? Como eles puderam esquecer os exemplos dos seres cristificados? Porque tanta preocupação com o poder, com o dinheiro, com o nome e com o status. Que valor tem isso diante do sangue de Jesus derramado na cruz? Que valor isso tem diante de uma pessoa que chora de fome, que é humilhada pela sociedade e suplica por ajuda?
Por que, Deus meu, tanta dureza no coração?
Seguir o caminho do amor, o caminho que Jesus ensinou no Sermão da Montanha, é trilhar os passos do nosso redentor crucificado. Ter esse anelo no coração é se entregar de corpo e alma, é colocar a nossa vida nas mãos de nosso Pai Sagrado. É ter a coragem e a fé de seguir as trilhas dos cristificados, é amar o amor. É viver para sermos exemplos de vida, e não para exigir o exemplo dos outros.
Mas, infelizmente, “O AMOR NÃO É AMADO, O AMOR NÃO É AMADO!”
Paz Inverencial.
sábado, 21 de abril de 2007
POR QUE SEGUIR A UM FALSO CRISTO, SE O CRISTO NASCE DENTRO DE NÓS?

“Não se trata de adoração a um Sol físico, não; mas sim ao que se oculta atrás desse símbolo físico. Obviamente, adorava-se ao Logos Solar, ao Segundo Logos. Esse Logos Solar é Unidade Múltipla Perfeita (‘a variedade é unidade’)... No Mundo do Cristo Cósmico, a individualidade separada não existe; no Senhor, todos somos Um.”
“O Cristo Íntimo deve salvar-nos, mas salvar-nos de dentro de todos nós. Quem aguarda a vinda de Jesus de Nazareth para um remoto futuro está equivocado. O Cristo deve vir agora, de dentro; a segunda vinda do Senhor é de dentro, desde o fundo mesmo da Consciência. Por isso, está escrito o que Ele disse: ‘Se ouvires alguém dizendo ‘na praça pública está o Cristo’, não creiais. E se disserem: ‘Ele está ali, no Templo, pregando’, não creiais’... Porque o Senhor não virá de fora, desta vez, mas, sim, de dentro; virá do fundo mesmo de nosso coração, se nós nos preparamos.”
(V. M. Samael Aun Weor)
As palavras do Mestre são muito claras e não deixam nenhuma margem a dúvida. O Cristo virá de dentro de nosso coração. Temos que nos preparar internamente para que o Cristo possa vir desde o fundo do nosso coração. Não podemos acreditar nesses falsos Cristos que anunciam por aí, em praça pública, como disse o Mestre Samael e também como está escrito na Bíblia, pelos ensinamentos do próprio Jesus de Nazareth. Não creiam, irmãos, nesses que se autoproclamam Cristo! Um Cristo autêntico jamais faria isso, jamais se anunciaria com esses títulos, porque não há necessidade de fazer isso.
De que adianta seguir a um falso Mestre, a um falso Cristo? Isso só pode trazer mais dor e sofrimento para as nossas vidas e para aqueles que convivem conosco. Com muita tristeza no coração, percebemos que alguns guias espirituais se esqueceram das benditas palavras do Mestre Samael e do Cristo Jesus. Existem grupos religiosos, seitas, escolas esotéricas e de autoconhecimento que abusam da boa vontade de seus seguidores e, intencionalmente, omitem muitas verdades sobre o reto caminhar.
Em algumas escolas de autoconhecimento, em algumas seitas ou religiões, existe o chamado policiamento da fé. Seus seguidores não podem ter fraqueza em sua crença no seu líder, nem mesmo em pensamentos. Os membros não podem duvidar nem questionar as atitudes de seus líderes. As pessoas são induzidas a acreditar que tudo o que eles fazem é de cunho divino, e não podem questioná-los. Se alguém manifestar qualquer comentário de reprovação aos seus líderes, isso já vira motivo de constrangimento e desavenças. Em certos casos, ocorrem até delações de irmãos da própria escola, provocando um grande constrangimento entre a irmandade e causando sofrimento para o acusado pelos próprios irmãos, os quais antes ele acreditava serem seus amigos, mas que se mostram frios e indiferentes nesse momento.
Essa atitude promovida por estas seitas, religiões ou escolas acaba gerando um grupo muito fechado, fanatizado em torno de um líder e em torno de idéias fixas. Todos do grupo tendem a pensar da mesma maneira e também não possuem nenhuma liberdade de expressão.
É interessante refletir também no porquê dessa nossa necessidade de encontrar um Mestre e segui-lo. Talvez, no fundo, tenhamos essa carência, sentimos dificuldade de caminhar com nossas próprias pernas, sentimos insegurança e queremos que alguém nos indique o caminho. Porém, antes de tudo, devemos saber que apenas nosso Pai Interno pode nos guiar com segurança e nos indicar o caminho correto. Cada pessoa é única e individual, por isso cada um tem o seu caminho. Não devemos seguir outros, muito menos copiá-los em tudo.
Mesmo que tivéssemos a suprema felicidade de conhecer a um Mestre autêntico, de nada adiantaria segui-lo cegamente. Ele nada poderia fazer por nós, internamente, porque apenas nós mesmos é que podemos fazê-lo. No máximo, ele poderia inspirar-nos e dar-nos algumas boas orientações, mas o caminho ninguém pode fazer por nós, ninguém!
Outro motivo que pode nos fazer apegar a um falso Mestre é o medo. Medo, por exemplo, do fim dos tempos, do juízo final. Então, pensamos que esse suposto Mestre pode nos ajudar e nos salvar. Assim agimos com egoísmo, porque pensamos que apenas nós, que temos esse Mestre, seremos salvos, e não nos preocupamos com o resto da humanidade, que ficará perdida. Um falso Mestre é egoísta, só quer salvar um determinado grupinho privilegiado e não liga para o resto da humanidade, para os milhões e milhões de seres. Somente um falso Mestre pode ser preconceituoso, desmerecendo aqueles que não o admiram e não o seguem.
Um autêntico Mestre preocupa-se com todos os seres, sem distinção. Dá chances iguais a todos, e até ama mais profundamente aqueles que não o compreendem, que o desmerecem, porque sente profunda compaixão. Assim foi Jesus, que soube dar a outra face, ou seja, soube amar profundamente aqueles que o insultavam e o perseguiam.
Uma grande lição é esta: amar aos nossos inimigos, pois amar aqueles que nos tratam bem, que nos elogiam, que gostam de nós, é muito fácil, qualquer um pode fazer isso. Mas amar aos que nos insultam, que não nos compreendem, que não gostam de nós, aí sim, demonstra um sentimento superior, que vem de um coração purificado.
Então, se encontrarmos um suposto Mestre ou um guia espiritual que não tenha uma conduta virtuosa e compassiva para com aqueles que tenham momentos de dúvidas em relação a suas crenças, criticando e perseguindo as pessoas que o questionam e que não gostam dele, ou expulsando essas pessoas de sua escola e de seu convívio, então, simplesmente, esse não é um Mestre: é um enganador de almas!
Pelas atitudes conhecemos as pessoas. Pelas atitudes, e não pelas palavras. Falar bonito é fácil. Alguns estudam técnicas de oratória e discurso para darem suas palestras. Alguns fazem cursos de aprendizado para saber falar em público. Alguns conseguem enganar bem com palavras vazias. As palavras serão vazias se, na vida prática, a pessoa não age como fala. Então, cuidado, vejam as atitudes e, com todo o bom-senso e o discernimento de seus corações, analisem as atitudes daquele que se diz algum Mestre. Se algo lhes parecer muito estranho e nada coerente com o ensinamento e com as virtudes, esse pode ser um sinal claro. Acreditem em seus corações, lá se encontra toda a sabedoria! Escutem a voz de seus corações, temos virtudes e temos a compreensão dentro de nós. Escutem seu Pai Interno! Este é o caminho mais seguro de todos: ouvir a voz do coração, de nosso Pai Interno.
Paz Inverencial!
sexta-feira, 20 de abril de 2007
VERDADEIROS CRISTOS X FALSOS CRISTOS

Esses grandes seres seguiram o caminho dos valentes, o caminho da síntese; eles trabalharam intensamente sobre si mesmos, eliminaram seus defeitos, forjaram os seus corpos solares através da bendita alquimia, e, por extremo amor à humanidade, deixaram registrados nas suas estradas percorridas, trilhas de sangue divino, como se fossem pegadas de misericórdia e amor, para ajudar a humanidade doente e sofrida, carente de seres de Luz.
Essas trilhas contêm os passos sagrados desses grandes Seres que alcançaram a CRISTIFICAÇÃO. Além de muito sofrimento e dor, esses Cristificados deixaram milhares de exemplos de HUMILDADE, AMOR E BONDADE DIVINOS, COMPAIXÃO, PACIÊNCIA E TOLERÂNCIA como requisitos divinos para se caminhar pela senda da iniciação.
Cristo Jesus, Samael Aun Weor, Francisco de Assis deixaram claro através de seus exemplos de vida, que não há caminho crístico sem essas virtudes sagradas.
Infelizmente, muitos desses registros e exemplos foram “esquecidos” por vários guias espirituais e diretores de escolas de autoconhecimento. O caminho que era para ser baseado nas virtudes da Alma, foi trocado pela dureza do coração, pela mitomania, pelo orgulho místico e pela rudeza e crueldade ao ensinar seus alunos.
Com muita dor em nossos corações, percebemos nos dias atuais que, algumas escolas de autoconhecimento, apenas prezam pelas aparências, gostam de mostrar salas arrumadas, professores bem vestidos e com ares de santidade, com fala mansa e educada, mas tudo isso pode não passar de excessos de hipocrisia, de aparências de santidade e perfeição, quando, na verdade, são como os sepulcros caiados da Bíblia: brancos por fora e cheios de podridão por dentro.
Algumas escolas exageram na organização e nas regras internas, interferindo inclusive na vida particular das pessoas, ditando regras de conduta e desprezando a compreensão e o discernimento de seus alunos. Muitos líderes de escolas de autoconhecimento, tratam seus discípulos de forma rude e cruel, confunde totalmente o caminho espiritual, que deveria ser baseado da humildade e a compaixão, com a satisfação pessoal, baseada nas repreendas e nas punições.
Essa podridão moral, essa vida de aparências, essa espiritualidade rasa e cheia de máscaras e falsidades, acaba produzindo um entorpecimento mental, emocional e espiritual nos freqüentadores desses grupos. Isso gera um solo fértil para os mais terríveis tipos de fanatismos. Com a falta do discernimento e da compreensão, surgem os falsos Cristos, os falsos mestres.
Na Bíblia, temos vários alertas sobre a vinda de falsos Cristos, que enganarão milhares de pessoas. Não faltam versículos para demonstrar essa preocupação. O próprio Cristo Jesus preveniu-nos de que, nos últimos dias, haveria falsos Cristos que se fariam passar por Mestres, Messias, Seres de Luz, pretendendo ser condutores de um grupo de escolhidos.
“Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão.” (Mt 24:4-5)
"Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos." (Mt 24:24)
"Mas houve também, entre o povo, falsos profetas, como, entre vós, haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição." ( Pedro 2:1)
Sabemos que a gnose é um ensinamento divino, em que os adeptos têm como objetivo sagrado alcançar a Cristificação. Esta é uma senda altamente revolucionária, um caminho nada fácil, que requer super-esforços diários e padecimentos voluntários, perseverando dia-a-dia para vivenciar, na própria carne, a teoria aprendida.
Há um longo caminho a ser percorrido. O Mestre Samael deixou-nos um vasto ensinamento sobre isso, em seus mais de 70 livros e conferências. O ensinamento do Mestre Samael foi transmitido com a AUTORIDADE de quem sabe o que diz, com a RESPONSABILIDADE pelo que ensina, pois ele colocou em prática, viveu em carne e osso todo o caminho crístico.
Sabendo dos perigos desta senda, o Mestre alertou-nos, diversas e diversas vezes, de que este é o caminho do fio da navalha. Ou seja, qualquer descuido pode significar um desvio da verdadeira senda. Os caminhantes podem cair para um lado ou para outro se cometerem equívocos. Além disso, se ficarem parados, também se cortarão, pois a navalha é afiada. Então, é necessário caminhar corretamente, sem cair para um lado ou para outro e sem ficar parado no mesmo lugar. Por esse motivo, muitos são os que se desviam nessa senda.
O caminho da Revolução da Consciência requer a prática dos três fatores da revolução da consciência, que são fundamentais e sem os quais é absolutamente impossível encarnar o Cristo.
Esta é uma trajetória revolucionária, é o caminho dos cavaleiros sagrados da alma, daqueles que lutam com as armas do amor, da bondade, da humildade e da compaixão, para conquistar o direito de se conectar com o seu Real Ser Interno. Uma saga de heróis sagrados e divinos.
Porém, mesmo diante de tudo isso que foi falado, o inimigo oculto, o senhor das trevas é traiçoeiro e tentador. Muitos são os que se deixam seduzir pelo poder da tentação da glória pessoal, do poder, do dinheiro e da fama, da mitomania, do endeusamento pessoal.
Dentro de alguns grupos gnósticos de autoconhecimento, isso não é diferente. Não foi por acaso que o bendito Mestre Samael nos alertou, por diversas vezes, sobre o perigo da mitomania, da arrogância, do lucro pessoal com o ensinamento e da chegada de falsos Cristos nas escolas de autoconhecimento.
“Nestes tempos, há muitos falsos Cristos, e os que os sigam COMETEM O DELITO DE ALTA TRAIÇÃO. Jesus, O Cristo, é o Chefe de todas as almas. Este grande Mestre vive no Tibete oriental. Não esqueceis que, entre o incenso da oração se esconde o delito, que mesclado com o perfume da oração se esconde o delito.”
(V.M. Samael Aun Weor)
“O Movimento Gnóstico é impessoal e de humildes trabalhadores. Rechacemos todo personalismo, não aceitemos mandões, ninguém é mais que ninguém; entre nós, todos somos trabalhadores, pedreiros, mecânicos, agricultores, escritores, médicos, etc.”
(V.M. Samael Aun Weor)
“Na Nova Era, não haverá ricos nem pobres, mas sim trabalhadores dignos e decentes da Grande Obra. Não aceitamos títulos de nobreza nem grandes títulos de Doutor, Licenciado, Guru, Mestre, Irmão Maior, Avatara, etc. Entre nós, todos somos amigos. Aquário é a casa dos amigos.”
(V.M. Samael Aun Weor)
O caminho da síntese, dos Homens Solares, da cristificação, é uma trilha percorrida por Grandes Seres. Não é para os fracos de vontade, cheios de orgulho místico e de vaidade pelo poder. Enormes sacrifícios são exigidos para os aspirantes dessa senda da iniciação.
O que vemos hoje, em algumas escolas de autoconhecimento, é a completa banalização de um caminho, que, por muitos séculos, foi chamado de A GRANDE OBRA. Uma obra que era destinada a gerar Seres de Luz, Seres de Amor e Compaixão!
Hoje vemos, com muita tristeza, o aparecimento de pessoas se autoproclamando Cristo, contando os seus feitos, suas vidas passadas e se valendo apenas de sua personalidade forte para se vangloriar de seu suposto poder divino.
A Divindade é bondosa e compassiva. É por misericórdia que ela deixa registradas, em vários textos escritos com carvões de fogo sagrado, as diversas histórias de grandes homens e suas heróicas conquistas espirituais. Vitórias, por vezes, contadas em forma de lendas que mostram o REAL CAMINHO CRÍSTICO.
Esses grandes Seres foram exemplos de sacrifício, amor e compaixão irrestritos pela humanidade. Homens que derramaram o seu sangue cristificado enquanto percorriam as suas estradas de dor, deixando nesse caminho os seus rastros sagrados, na esperança de que outros valentes buscadores possam percorrer essa senda valorosa.
Simplificar e banalizar esse sagrado caminho, com histórias sem nenhum fundamento esotérico profundo, histórias que mostram pessoas se transformando em Cristo do dia para noite, é um ato de extrema maldade e insensibilidade. É como se estivéssemos virando as costas para os rastros do sangue do Cristo, enquanto Ele carregava a Cruz por nós.
O poder da Luz é mais forte que as trevas!
Por mais que o engano e a mentira estejam prevalecendo por certo tempo, por mais que pessoas se auto-intitulem Seres Divinos e supostos Cristo, o poder de JESUS CRISTO, O CHEFE DAS ALMAS é mais forte que qualquer poder hanasmussiano. A vitória, com certeza, será dos justos!!!
"Pode-se enganar poucos por muito tempo, pode-se enganar muitos por pouco tempo, mas não se pode enganar todos por todo o tempo."
(Abraham Lincoln)
Paz Inverencial.
SENDA DA INICIAÇÃO – A CRISTIFICAÇÃO

Esse drama cósmico transcendental é o que o adepto busca encarnar em si mesmo.
Esse “encarnar” pode ser traduzido como o resultado de um longo caminho, com uma série de vitórias internas conquistadas quando se caminha pela senda da iniciação, trabalhando com os três fatores da revolução da consciência: a morte, o nascimento alquímico, com o desenvolvimento das virtudes, e o intenso sacrifício pela humanidade, com muitas obras de amor e caridade.
É importante deixar bem claro esse assunto, pois é fundamental buscar a compreensão do processo crístico por meio da doutrina deixada pelo V.M. Samael.
Na antropologia gnóstica, com todas as suas histórias simbólicas, temos vários exemplos de grandes seres que alcançaram a cristificação. E além de todos esses símbolos deixados pelas grandes civilizações, temos O EXEMPLO DEIXADO PELO BENDITO MESTRE SAMAEL ATRAVÉS DE SUAS OBRAS E DE SEU PRÓPRIO CAMINHAR.
A referência de todo estudante gnóstico para compreender a cristificação encontra-se na própria VIDA E OBRA DO MESTRE SAMAEL.
Tendo uma atitude responsável, tanto internamente quanto para com os demais, acho importante relatar, com base nas obras do Mestre Samael, o DRAMA CÓSMICO DA CRISTIFICAÇÃO.
O caminhar de um autêntico Mestre da Loja Branca até alcançar a sua cristificação é muito duro, penoso e difícil. Por isso é chamado de A GRANDE OBRA. Infelizmente, muitas pessoas não têm a menor idéia do que é exigido de um Adepto da Loja Branca.
O Venerável Mestre Samael Aun Weor, em seu livro O Matrimônio Perfeito, diz:
“A Iniciação é a sua própria vida. Se você quer a Iniciação, escreva-a sobre uma vara. Quem tiver entendimento que entenda, porque aqui há sabedoria. A Iniciação não se compra e nem se vende. Fujamos das escolas que dão iniciações por correspondência. Fujamos de todos aqueles que vendem iniciações. A Iniciação é algo muito íntimo da Alma. O Eu não recebe iniciações. Aqueles que dizem, "Eu tenho tantas e tantas iniciações", "Eu possuo tantos e tantos Graus", são mentirosos e farsantes, porque o "Eu" não recebe Iniciações nem Graus.
Existem nove Iniciações de Mistérios Menores e cinco importantes Iniciações de Mistérios Maiores. É a Alma que recebe as Iniciações. Trata-se de algo muito íntimo, que não se anda dizendo e nem se deve contar a ninguém.”
Essas palavras do avatara falam basicamente do terrível segredo do Arcano AZF.
Existem muitas provas internas no caminho. Uma das primeiras provas que o estudante deve vencer é a do Guardião do Umbral.
1) PROVA DO GUARDIÃO DO UMBRAL
O Guardião do Umbral é o reflexo do eu pluralizado. Poucos conseguem passam por essa prova, porque é muito difícil alguém vencer a si mesmo, nossa. GERALMENTE, ESSA PROVA É APRESENTADA DEPOIS DE 9 MESES DE CASTIDADE ABSOLUTA.
O Mestre Samael descreve a Prova do Guardião do Umbral com estas palavras:
“O candidato deve invocar, nos Mundos Internos, o Guardião do Umbral. Um espantoso furacão elétrico avisa da chegada da terrível aparição. A Besta do Umbral está armada com um terrível poder hipnótico. Realmente esse “monstro” tem toda a horrível feiúra de nossos próprios pecados; é o espelho vivo de nossas maldades.
A luta é terrível, espantosa, frente a frente, corpo a corpo. Se o Guardião sai vencedor dessa luta, então, o estudante torna-se seu escravo. Se, por outro lado, o estudante sai vitorioso, o “monstro” do Umbral foge apavorado e um som metálico faz estremecer o universo...”
Depois da prova, o candidato vitorioso é conduzido ao Templo, ou Salão das Crianças. Tudo isso acontece nos planos internos. No templo, o estudante vitorioso é saudado por todos os Mestres e Instrutores do Colégio Iniciático. A alegria é muito grande quando uma criatura humana consegue entrar na Senda da Iniciação...
2) PROVAS DO FOGO, AR, ÁGUA E TERRA
Antigamente, essas provas eram realizadas neste mundo físico, e todos os candidatos tinham que enfrentá-las ao vivo, com seu corpo de carne e osso. Assim, na prova do fogo, o neófito tinha que atravessar um lago ou um salão de fogo equilibrando-se precariamente numa viga ou árvore caída. Na prova do ar, o estudante era levado às altas montanhas e lá tinha que atravessar abismos onde qualquer vacilação representava a morte certa. Na prova da água - especialmente no Egito - os estudantes tinham que atravessar um lago ou rio povoado de crocodilos. Finalmente, na prova da terra, era o estudante levado ao interior de uma montanha, onde sentia sua integridade e sua vida serem ameaçadas por esmagamento. Atualmente essas provas são feitas nos mundos internos e os testes nos chegam à lembrança como sonhos.
OS GRAUS DA INICIAÇÃO
O Caminho Iniciático compreende: 9 Iniciações Menores; 7 Iniciações Maiores; 7 Iniciações Venustas; e 3 Iniciações Logóicas.
As Iniciações podem ser resumidas em TRÊS MONTANHAS:
1) A Montanha da morte mística e do nascimento espiritual ou segundo nascimento.
2) A Montanha da Ressurreição.
3) A Montanha da Ascensão ao Céu.
As INICIAÇÕES MENORES são as Iniciações Provatórias, porque, é durante essas Iniciações que o discípulo é submetido às provas dos elementos e às provas do Guardião do Umbral
As INICIAÇÕES MAIORES são as Iniciações de Fogo, uma referência ao Fogo de Kundalini. As Iniciações Maiores somente são conquistadas com a prática da Alquimia ou da Magia Sexual.
As INICIAÇÕES VENUSTAS também são chamadas de Iniciações de Luz e se caracterizam pelo aperfeiçoamento das Iniciações de Fogo.
A Loja Branca só começa a considerar um Iniciado como membro de sua Hierarquia quando este atinge a Quinta Iniciação de Mistérios Maiores, ou seja, só quando o Iniciado atinge a Quinta Iniciação Maior é que ele entra na base da Hierarquia Branca.
Depois das Iniciações Venustas, estão as INICIAÇÕES LOGÓICAS, algo muito distante de nossa realidade, descritas na maravilhosa obra do Mestre Samael, “As Três Montanhas”.
Todas as Iniciações são recebidas internamente. As Iniciações são da Alma, do Íntimo. O eu não recebe Iniciação, nem a personalidade recebe Iniciação.
AS INICIAÇÕES MAIORES
Passadas as provas do fogo, ar, água, terra, do Guardião do Umbral e os nove graus das Iniciações Menores, o Iniciado é posto na Senda dos Mistérios Maiores.
Começa aí a longa jornada, o extenuante, porém glorioso trabalho de levantar as Sete Serpentes de Fogo sobre a Vara. PARA ISSO, SÓ EXISTE UMA PORTA, UMA FORMA, UMA FÓRMULA: A ALQUIMIA OU MAGIA SEXUAL.
O trabalho na Forja de Vulcano, como também é conhecida a Alquimia Sexual, é a prova máxima a que são submetidos os Iniciados que almejam a Magistratura do Espírito. Essa prova exige paciência, renúncia, tenacidade e muita força de vontade.
A Alquimia é um trabalho de purificação interior e se processa em duas esferas ao mesmo tempo: psicológica e sexual. Na psicológica, o estudante, o Iniciado é obrigado a dissolver seus agregados psíquicos, é a morte mística; na sexual, o Iniciado deve sublimar a sua energia criadora, jamais derramando as águas seminais.
A ALQUIMIA SEXUAL É UM TRABALHO PARA A VIDA INTEIRA.
AS INICIAÇÕES MAIORES:
Primeira Iniciação Maior
A morte do ego e a prática do Arcano AZF são as principais ferramentas de trabalho para este despertar. O discípulo deverá reunir muitos méritos em seu coração para que esse despertar de Kundalini seja possível. Esses méritos são conquistados com uma conduta reta em todos os níveis.
Kundalini, depois de despertada, sobe pelo Canal Central da coluna vertebral. A subida, o desenvolvimento, a evolução de Kundalini é lenta e difícil. São 33 vértebras ou 33 câmaras de estudo e de trabalho esotérico. À medida que Kundalini sobe, vai aperfeiçoando e atualizando os poderes de cada um dos chacras. Cada vértebra é conquistada com renúncias, trabalhos, sacrifícios, méritos, santidade, pureza, novos graus de castidade, humildade, obediência, etc.
Quando a Serpente Sagrada atinge a raiz do nariz, fazendo contato com o átomo do Pai, no interior da cabeça, o candidato recebe a primeira Iniciação Maior. Isso equivale ao nascimento de um Mestre de Mistérios Maiores nos planos internos da natureza; significa que o mundo tem mais um Mestre de Mistérios Maiores, um Rei e Sacerdote da Natureza segundo a Ordem de Melquisedeque.
A Segunda Iniciação Maior
A primeira Iniciação de Mistérios Maiores corresponde ao corpo físico. A segunda, corresponde ao corpo etérico. Na primeira, o Iniciado levanta a Serpente de Fogo relativa ao corpo físico. Isso quer dizer que ele atualiza ou desenvolve os poderes relativos a esse corpo. Na segunda Iniciação de Mistérios Maiores, o Iniciado levantará sobre a Vara - coluna vertebral - a Serpente Etérica.
Nesta segunda Iniciação, a Serpente de Fogo sobe lentamente o canal Shushumna, vértebra por vértebra, até chegar à raiz do nariz. Todas as vértebras da coluna espinhal, nas dimensões superiores da natureza, no plano atômico, são como câmaras de estudo e aprendizado. Daí por que, para passar de uma vértebra para outra, são necessários estudos, testes e provas.
A segunda Iniciação Maior traz ao Adepto todos os segredos da Quarta Dimensão - os Paraísos Jinas. Para que um Iniciado consiga fazer todos os prodígios de desmaterialização, de invisibilidade, levitação e outros, ele deve conhecer a fundo as leis da Quarta Coordenada, e isso se aprende na segunda Iniciação Maior.
Terceira Iniciação Maior
Levantar a terceira Serpente de Fogo sobre a Vara é o trabalho dessa Iniciação. A terceira Serpente corresponde ao Corpo Astral. O trabalho de levantar a terceira Serpente é um pouco mais trabalhoso que nas anteriores. Cada uma das 33 vértebras do Corpo Astral está cheia de condições e requisitos morais de santificação, purificação, humilhação, obediência, etc. “Avançar uma única vértebra é trabalho de herói”, diz o Mestre Samael.
Essa Serpente abre todos os chacras do Corpo Astral, à medida que avança para cima, purificando e aperfeiçoando toda a natureza emocional. Quando Kundalini chega ao entrecenho, por uma câmara secreta, ela segue, depois, em direção ao coração. Afirma o V. M. Samael Aun Weor que, nesse trajeto do entrecenho ao coração, há sete câmaras extremamente rigorosas de purificação e santificação. Vencidas todas essas provas e padecimentos, Kundalini chega e se aloja na primeira das sete câmaras existentes no coração.
Quando a Serpente de Fogo alcança o coração, após ter passado pela cabeça, o Iniciado tem cristalizado totalmente o seu Corpo Astral. Este é o Soma Heliakon, o corpo solar. É assim que se fabrica, que se forja um legítimo Corpo Astral.
Quarta Iniciação Maior
Essa Iniciação corresponde ao Corpo Mental. É a mais longa, difícil e lenta de todas as Iniciações maiores.
A Serpente de Fogo deverá subir pela coluna vertebral do Corpo Mental para atualizar e desenvolver todos os poderes e conhecimentos encerrados nos chacras e nas próprias vértebras desse corpo. Durante essa Iniciação, estuda-se toda a Ciência da Mente Cósmica. Na Quarta Iniciação Maior, deve-se limpar todo o inferno atômico que cada um traz dentro de si.
Quando, após todo o processo iniciático - que é lento, demorado e difícil - a Serpente Kundalini chegar ao coração, o Iniciado recebe o título de Buda. Nos mundos superiores da natureza, há uma grande festa em homenagem ao nascimento do novo Buda da humanidade.
Receber o grau de Buda equivale a se libertar dos quatro corpos protoplasmáticos fabricados pela natureza desde os estágios elementais. Um Buda é imortal.
Durante a festa de coroação do novo Buda, a Mãe Divina do Iniciado o apresenta ao Grande Hierofante Sanat Kumara, o mais exaltado de todos os membros da Fraternidade Branca do Planeta Terra. O próprio Sanat Kumara entrega ao Iniciado-Buda o símbolo do Imperador, a Esfera com a cruz em cima. Quem chega à quarta Iniciação Maior tem direito ao Nirvana, como os Budas e os Deuses. E reencarna só quando quiser.
Quinta Iniciação Maior
Uma coisa é fabricar o corpo da Alma, e outra coisa é encarnar a Alma. Na quinta Iniciação Maior, nasce o corpo da Vontade Consciente. Todo aquele que nasce no plano da Vontade Consciente encarna sua Alma, convertendo-se num homem com Alma. No estado atual, temos Alma, porém não a possuímos. Antes da quinta Iniciação Maior, nenhum Iniciado tem o direito de ser reconhecido e de ser chamado “Mestre”.
É nessa Iniciação que o Adepto aprende a fazer unicamente a vontade do Pai. Na condição atual, a humanidade, nós, fazemos só a vontade do ego. A vontade consciente é um atributo daqueles que encarnaram o seu Corpo Causal, a sua Alma.
A QUINTA INICIAÇÃO MAIOR É O NASCIMENTO DE TIPHERET, O CRISTO. POR ISSO SE DIZ QUE ATÉ ESSA INICIAÇÃO NINGUÉM PODE SER CHAMADO DE MESTRE, POIS MESTRE SOMENTE É O CRISTO.
Na quinta Iniciação de Fogo, o Cristo é tão só uma criança, frágil, desprovido e precisa de todos os cuidados. Essa Criança de Ouro nasce sempre numa gruta (do coração), em meio aos animais (eus psicológicos). Quando nasce o Menino de Ouro, os átomos negros (Herodes e os seus) fazem uma assembléia para estudar uma forma de matar o Menino. Com isso, a Sagrada Família deve fugir para o Egito (refugiar-se no Reino Interno), onde o Menino possa crescer e desenvolver-se sem perigo. Quando o Cristo torna-se adulto, forte, sábio (quando terminam todas as Iniciações), o Homem-Deus começa o seu trabalho público, predicando o Evangelho (o Verbo Divino) e sua sabedoria.
Ao se chegar à quinta Iniciação, abrem-se dois caminhos ao Iniciado, e ambos levam ao Absoluto: o primeiro é circular, lento e acompanha o processo evolutivo da humanidade. O segundo é o caminho reto, mais rápido, porém muito mais perigoso.
Sexta Iniciação Maior
Encerrada a quinta gloriosa Iniciação Maior, o Adepto pode ingressar no sendeiro da Sexta Grande Iniciação Cósmica. Essa Iniciação é a da Alma espiritual. Tipheret é a Alma Humana, o Corpo Causal; a Alma Humana é de natureza masculina, enquanto a Alma Espiritual é feminina. Esses dois pólos se conciliam no seio de Atman, o Espírito propriamente dito. Atman-Buddhi-Manas, formam a trindade espiritual que todo o Adepto encarna durante a Iniciação Maior. Na condição atual, o homem comum e corrente não tem encarnado em si essa tríada.
O levantamento de sexta Serpente de Fogo sobre a Vara é demorado e difícil, exigindo inúmeras vitórias sobre a natureza inferior, na qual habitam os eus psicológicos. Com a disciplina iniciática, lentamente a Serpente de Fogo do sexto corpo desperta e inicia seu avanço ao longo da coluna vertebral, atualizando e desenvolvendo todos os poderes e segredos encerrados nos chacras desse corpo. Quando a Serpente chega à correspondente câmara secreta no coração do Iniciado, este recebe a sexta Iniciação Maior, com todas as prerrogativas que lhe são devidas.
Sétima Iniciação Maior
Quando a sétima Serpente de Fogo alcança a câmara secreta do coração, o Iniciado está maduro, pronto, gestado. Encarnar o Ser, Atman, equivale a nascer pela segunda vez. O segundo nascimento acontece quando termina a sétima Iniciação Maior. O duas vezes nascido têm direito a ingressar em novas Iniciações. São mais sete Grandes Iniciações.
Durante as sete Iniciações de Fogo, o Adepto deve morrer em si mesmo para ter direito a todos os nascimentos espirituais. Pouquíssimos seres humanos alcançam os altos graus iniciáticos.
Com o levantamento da Sétima Serpente de Fogo, o ego está totalmente morto. Termina aqui o trabalho na Primeira Montanha de morte e nascimento. Internamente, o Mestre realizou, pela alquimia, a sua própria Lua, o seu próprio planeta, o seu próprio sistema solar e a sua própria galáxia psicológica e está 100% morto.
INICIAÇÕES VENUSTAS OU A SEGUNDA MONTANHA
A Segunda Montanha Iniciática é a Montanha da Ressurreição ou da Imortalidade. Entretanto o trabalho iniciático não termina aqui. Aliás, sempre existirá uma nova Montanha para ser escalada. Aqueles Adeptos que, na quinta Iniciação Maior, escolherem o caminho reto para o Absoluto devem prosseguir a sua jornada de purificação e aperfeiçoamento.
Terminado o trabalho do nascimento espiritual, com as sete Serpentes de Fogo, durante o qual nasce o Cristo-Menino, o Iniciado que se dispuser a cristificar os seus corpos solares, PRECISA LEVANTAR AS SETE SERPENTES DE LUZ, com a disciplina da Iniciação Venusta.
UMA COISA É A MAESTRIA OBTIDA NAS INICIAÇÕES DE FOGO. OUTRA COISA É A PERFEIÇÃO NA MAESTRIA. SÓ O CRISTO É PERFEITO. POR ISSO, AQUELES ADEPTOS QUE QUEREM A CRISTIFICAÇÃO DOS SEUS CORPOS, AQUELES QUE BUSCAM A SABEDORIA DO CONHECIMENTO SECRETO E TRANSCENDENTAL DEVEM NOVAMENTE SE SUBMETER À DISCIPLINA INICIÁTICA PARA LEVANTAR, NO SEU TEMPLO INTERIOR, AS SETE COLUNAS DE LUZ.
Depois da experiência da morte total do ego, finda a Primeira Montanha, aqueles que elegeram o Caminho Reto precisam matar a raiz do desejo ou queimar até mesmo as raízes do eu psicológico e também eliminar a sua personalidade e construir novos mundos psicológicos dentro de si.
Na Segunda Montanha, não se recebe mais graus ou Iniciações. Apenas se aperfeiçoa os graus conquistados anteriormente. Esse trabalho é feito em torno do zodíaco. Por isso, recebe o nome de Os 12 Trabalhos de Hércules.
A diferença entre este trabalho e o anterior é que, na Segunda Montanha, o Iniciado desce aos infernos dos planetas do sistema solar, para ali buscar, desenvolver e aperfeiçoar novas qualidades, até ressurgir de si mesmo a Mônada Individual, o Mestre Secreto.
OS 12 TRABALHOS DE HÉRCULES
1º Trabalho: O Leão de Neméia (Céu da Lua): A lenda antiga do Velocino de Ouro tem a sua explicação iniciática nos Mistérios. Trata-se da Mônada Individual que temos que buscá-la nas profundezas da terra interior. Só os valentes e destemidos conseguem desencarná-la do seu mundo interior. Terminado o primeiro trabalho de Hércules, o Iniciado ganha o direito de ingressar no Céu da Lua, a morada dos Anjos, o Astral Superior.
2º Trabalho: A Hidra de Lerna (Céu de Mercúrio): A segunda tarefa encomendada a Hércules foi matar a Hidra de Lerna, o monstro simbólico de origem imortal dotado de nove cabeças ameaçadoras que voltam a nascer logo após serem decepadas. A Hidra polifacética representa a mente com seus defeitos psicológicos. Quando o Iniciado quer subir à morada dos Arcanjos, o Plano Mental Superior, primeiro deve descer aos infernos de Mercúrio ou da mente.
3º Trabalho: A Captura do Javali e da Corça (Céu de Vênus): O ceú de Vênus é a morada dos Principados. Esses vivem no plano Causal. O Iniciado que anela essa oculta morada interior, antes deve descer aos infernos de Vênus, e ali, como Hércules, capturar a Cerva de Cerínia e o Javali Negro de Erimanto. Findo o trabalho nos infernos do Mundo Causal, o Mundo de Tipheret, o Cristo Cósmico penetra no coração do Iniciado, e este, cheio de êxtase, exclama: “Deixa vir a Mim as criancinhas, porque delas é o reino dos Céus...”.
4º Trabalho: Limpeza dos Estábulos de Áugias (Céu do Sol): A quarta tarefa de Hércules foi limpar os estábulos de Áugias. Para isso, Hércules desviou a corrente das águas de um rio que passava próximo. Todo Adepto que anela conquistar a morada das Potestadas, o Mundo Intuicional, terá que limpar os seus estábulos interiores. Estábulo é um lugar de sujeira, onde moram rebanhos de animais, representando os inumeráveis eus psicológicos do nosso subconsciente. Conquista o céu do sol.
5º Trabalho: Morte das Aves Antropófagas (Céu de Marte): O quinto trabalho de Hércules foi a caça e morte das aves antropófagas que viviam no Lago de Estínfalo. Segundo Samael Aun Weor, esse trabalho está relacionado com a constelação de Peixes, casa de Netuno, Senhor da Magia Prática.
6º Trabalho: Captura do Touro de Creta (Céu de Júpiter): Capturar e domar o touro de Creta foi o sexto trabalho confiado à Hércules, protótipo do homem solar. O touro representa os mais profundos impulsos sexuais, passionais, os quais devem ser contidos ou conduzidos de forma produtiva.
7º Trabalho: Captura das Éguas de Diomedes (Céu de Saturno): Capturar as éguas de Diômedes, filho de Marte, foi o trabalho seguinte de Hércules. As éguas de Diômedes devem ser eliminadas dos infernos de Saturno para que a Consciência liberada desses átomos possa ascender ao Céu desse planeta, morada dos Tronos. O céu de Saturno é o Para-Nirvana. O trabalho nos infernos de Saturno é penoso. Toda classe de tentações e guerras são travadas pelo Iniciado contra as hostes do Exército Negro. São ataques de bruxaria e magia negra; são tentações sexuais sublimes; são seduções maravilhosas e perigosas.
8º Trabalho: O Ladrão dos Rebanhos de Júpiter (Céu de Urano): Acabar com o ladrão dos rebanhos de Júpiter faz parte do oitavo trabalho de Hércules. Jesus, o Hércules cristão, foi crucificado entre dois ladrões: o bom e o mau. O bom ladrão é aquele que rouba a energia sexual para cristalizar o Espírito Santo. O mau ladrão mora escondido nas cavernas da subconsciência e dali rouba “os rebanhos de Júpiter”, ou seja, rouba a sagrada energia para satisfazer as paixões e apetites dos demônios atômicos da região submersa.
9º Trabalho: O Cinto Da Hipólita (Céu de Netuno): A conquista do cinto de Hipólita, a rainha das amazonas, o aspecto psíquico feminino de nossa própria natureza interior, é o nono trabalho do Iniciado na segunda Montanha. Durante esse trabalho, mais uma vez o Iniciado é atacado naquilo que ele tem de mais fraco: o sexo.
A PROVA DE JÓ
As primeiras nove façanhas de Hércules correspondem aos nove graus de perfeição na Maestria. Finda essa etapa, segue-se a Prova de Jó. Um ano para cada Iniciação recebida. Durante esses oito anos, o Adepto deve pagar o dízimo a Netuno, antes da Ressurreição propriamente dita.
Durante essa prova, durante os oito anos, o Iniciado está só. Tudo e todos parecem ir contra aquele que ousou desafiar as potestades do mundo e dos Deuses.
Depois seguem a conquista do rebanho de Gerião, o 10º Trabalho; a conquista das maçãs do Jardim das Hespérides, simbologia dos frutos sexuais, o 11º Trabalho; e a libertação de Cérbero, o descomunal cão infernal, guardião do Reino de Plutão, que corresponde ao 12º Trabalho.
A TERCEIRA MONTANHA
O término dos trabalhos na Segunda Montanha Iniciática acontece com a morte e ressurreição. A terceira Montanha é a da Ascenção. Terminados os doze trabalhos em torno do zodíaco, Hércules conquista o direito de ingressar no Absoluto, a morada dos Deuses, onde só existe uma única lei. É evidente que, no Absoluto, Hércules entra no “Jardim de Infância”, onde novas e desconhecidas Iniciações o aguardam...
RESUMINDO:
1) A PRIMEIRA MONTANHA compreende a MORTE MÍSTICA.
2) A SEGUNDA MONTANHA compreende a RESSURREIÇÃO.
3) A TERCEIRA MONTANHA compreende a ASCENSÃO.
ESTA É A SENDA DA INICIAÇÃO. COMO TODOS PODEM PERCEBER, É UM TRABALHO MUITO LONGO, DE MUITOS ANOS E MUITAS LUTAS INTERNAS. PORTANTO, SE ALGUÉM DIZ QUE GANHOU A CRISTIFICAÇÃO DE PRESENTE, ESSA PESSOA MERECE, NO MÍNIMO, NOSSA DESCONFIANÇA.
Este é um caminho espinhoso, mas cheio de glórias para o Espírito, e não para a personalidade. Se alguém se diz cristo e vive contando vantagem de suas personalidades, algo está bastante estranho.
Cada um pode encontrar seu próprio caminho, colocando em prática os ensinamentos. Mas é importante seguir seu próprio coração, seu próprio Mestre Interno, e não ficar seguindo ninguém, muito menos aqueles que se dizem ser isto e aquilo.
Paz Inverencial.