
As correntes da mística superior provenientes dessa conduta perfeita fazem transbordar em nossos corações anelos espirituais cada vez mais intensos. Quando relembramos os passos sagrados da vida de seres cristificados, como Jesus Cristo, Samael Aun Weor, Francisco de Assis, há um terremoto espiritual dentro de nossa terra interior. É como se a Divindade provocasse um turbilhão de anseios amorosos em nosso mundo interno. Essas recordações, quando encontram um coração aberto para a verdadeira espiritualidade, fazem-nos perceber que as virtudes da alma são ferramentas divinas nas mãos desses grandes Mestres de espíritos.
“Vou abrir meu coração e contar-te umas coisas muitos Íntimas. Quando penso na humildade de meu Senhor redentor, que se calava quando era caluniado, que não ameaçava quando lhe batiam, que não protestava quando era insultado...quando penso na paciência infinita de meu Senhor Jesus Cristo, sinto vontade de chorar e uma vontade louca de que me joguem barro, pó, pedras; que me lancem blasfêmias e me aticem cachorros. Seria o homem mais feliz do mundo. E, quando penso que Ele fez tudo isso por nosso amor, oh! Sinto que fico louco, que me nascem asas para voar pelo mundo gritando: O AMOR NÃO É AMADO, O AMOR NÃO É AMADO!”
(São Francisco de Assis)
“O amor não é amado!” Para aqueles que têm a essência acessa em seus corações, é impossível não tremer e chorar diante de tão singelas palavras. Realmente, é algo divino perceber como cinco palavrinhas têm o poder de destruir as barreiras do orgulho em nosso coração tão machucado e provocar anelos profundos de encontrar o amor irrestrito ao nosso Cristo Íntimo.
Os diversos guias espirituais, líderes de escolas de esoterismo crístico e escolas de autoconhecimento deveriam seguir o exemplo do bendito Irmão de Assis, deveriam ser verdadeiros Mestres de espíritos. Infelizmente, o que vemos por aí são mestres do engano e da mentira, mestres em mitomania, senhores poderosos, reis da matéria.
Para esses mestres do engano, a humildade, o brilho sincero nos olhos, refletindo o amor do coração puro, a misericórdia, a compaixão, são coisas de loucos, de pessoas que viveram em outras épocas. Só querem promover valores espirituais baseados em premissas equivocadas e o endeusamento de falsos cristos.
O que poderíamos dizer para esses líderes espirituais? Como eles puderam esquecer os exemplos dos seres cristificados? Porque tanta preocupação com o poder, com o dinheiro, com o nome e com o status. Que valor tem isso diante do sangue de Jesus derramado na cruz? Que valor isso tem diante de uma pessoa que chora de fome, que é humilhada pela sociedade e suplica por ajuda?
Por que, Deus meu, tanta dureza no coração?
Seguir o caminho do amor, o caminho que Jesus ensinou no Sermão da Montanha, é trilhar os passos do nosso redentor crucificado. Ter esse anelo no coração é se entregar de corpo e alma, é colocar a nossa vida nas mãos de nosso Pai Sagrado. É ter a coragem e a fé de seguir as trilhas dos cristificados, é amar o amor. É viver para sermos exemplos de vida, e não para exigir o exemplo dos outros.
Mas, infelizmente, “O AMOR NÃO É AMADO, O AMOR NÃO É AMADO!”
Paz Inverencial.