
Olá.
Mais um texto retirado de um fórum que discute as falsas doutrinas dos falsos Cristos.
AS RENÚNCIAS DO SENHOR BUDA
Amigos,
Foi citado, neste tópico, pelo Vítor Lunz, o exemplo do Buda Sidharta Gautama e sua a renúncia aos bens materiais, então me senti no dever de abordar esse exemplo de Buda, um grande Mestre de espíritos, pois considero essa uma virtude muito importante no caminho espiritual e creio que merece alguns comentários adicionais.
É importante aprofundar no tema da renúncia, que não é tão difícil assim de se entender. Renúncia significa sacrificar ou desistir de algo que pareça fundamental num momento dado em prol de algo que sabemos significar mais. Indubitavelmente, quando fazemos uma opção espiritual, estamos fazendo uma renúncia a outros estilos de vida.
É quase inevitável que uma jornada espiritual comece com uma decisão de renúncia a um certo modo de vida. Essa decisão tem menos a ver com a mudança de ambiente ou com abandonar pessoas do que com a transformação do seu interior, embora essa transformação interior leve, por conseqüência, a uma mudança radical de todo o modo de vida. Mais conhecimento interior, mais iluminação nos leva a compreender as ilusões deste mundo físico, motivando um distanciamento das coisas fúteis e passageiras, as riquezas, o dinheiro, a ostentação. É fundamental aprender o significado interior da renúncia para descobrir a naturalidade da sabedoria interior e a simplicidade autêntica e verdadeira.
É interessante e sempre uma fonte de inspiração observarmos a história de Sidharta Gautama, um jovem príncipe que renunciou aos prazeres de uma vida fácil e às riquezas do reino de seu pai para buscar o caminho da liberação e da iluminação.
Falarei um pouco sobre a história de Buda, na esperança de que possamos relembrá-la e retirar ensinamento desse valoroso exemplo espiritual, que até hoje inspira e conduz os buscadores.
Sidharta nasceu herdeiro de um trono. Pouco antes de seu nascimento, profetas locais haviam feito presságios, dizendo que o príncipe Sidharta poderia se transformar em um poderoso monarca ou se transformar em um asceta.
O rei, pai de Sidharta, apavorado com a possibilidade de ver o seu filho vivendo como um asceta, mendigando pelas ruelas, carregando um pires na mão e vestindo trapos, tentou impedir tal acontecimento. Para isso, o rei cercou o seu filho com todos os luxos e nunca permitiu que ele tivesse contato com o mundo exterior e seus problemas e sofrimentos.
Aos 28 anos de idade, Sidharta Gautama, com a ajuda de um criado, acabou se aventurando para fora do palácio pela primeira vez e viu coisas que mudaram a sua vida:
1) Um homem sofrendo dores de uma doença.
2) Um homem sofrendo aflições por causa da velhice.
3) Um homem morto sendo levado para ser cremado.
Esses impactantes contatos com o sofrimento do mundo fizeram brotar em seu coração sentimentos de imensa e profunda compaixão.
Por que tanto sofrimento? O que posso fazer para ajudar essas pessoas? Assim refletia e se perguntava o jovem príncipe Sidharta.
Quando voltava ao palácio, com essas indagações fervilhando dentro de seu Ser, deparou-se com um homem caminhando tranqüilo pela estrada. Esse homem estava usando uma túnica muito simples de um asceta errante, cheia de trapos, carregando um prato e pedindo esmolas.
Essa quarta visão determinou profundamente o rumo da vida de Sidharta Gautama.
Com tudo que viu e presenciou ao se deparar com o mundo real e sofrido fora do palácio, de tão assustador e comovente que foi, ele se sentiu na obrigação de fazer uma opção espiritual e de se tornar um buscador.
Naquela mesma noite, Sidharta saiu do castelo e deu as costas para as riquezas, o prazer e todo conforto. Trocou suas belas e requintadas roupas de nobre pelas roupas maltrapilhas de um asceta.
Alguns dizem que esses passos iniciais demonstram a total renúncia de Buda, mas a saída do castelo foi só o começo de uma longa caminhada. O Senhor Buda não alcançou a iluminação apenas porque abandonou a vida de príncipe, esse foi apenas o primeiro passo.
Mas justamente esse é um grande ensinamento de que muitos líderes espirituais do mundo atual se esquecem completamente. Muitos querem ser considerados grandes iluminados sem nunca terem renunciado aos prazeres mundanos. Isso é absurdo!
Infelizmente, a maioria dos buscadores não consegue vencer nem essa primeira prova.
O Buda se aprofundou tenazmente na meditação, praticou iogas e filosofias hindus de todos os tipos, durante anos, até se tornar totalmente iluminado. No transcorrer desses anos, teve que aprender a renunciar a milhares de outros apegos, e muitos deles ainda mais difíceis de serem vencidos.
Precisou abrir mão do próprio ego, das próprias opiniões, conceitos, convicções e interesses egocêntricos. Precisava se soltar dessas amarras, dessas prisões; precisava parar de ser contido pela ignorância, pelo desejo, pelo apego.
Muitos falsos Cristos e falsos Mestres tentam ser guias de milhares de pessoas sem nunca terem renunciado aos interesses egóicos, ao luxo, à arrogância, à forma dura e agressiva com que tratam seus subordinados. Muitos deles acham que a renúncia que importa é aquela que faz com que seus discípulos larguem seus familiares, seus afazeres e tudo o mais para se dedicarem e se entregarem ao seu líder, ao seu mestre, ao seu Cristo.
No entanto eles cometem o erro de pensar que o caminho espiritual deve incentivar-nos a distanciar das responsabilidades, dos amigos ou da família. A renúncia espiritual é muito mais profunda que qualquer um desses gestos exteriores.
Geralmente, os falsos mestres ensinam a seus discípulos a renunciarem a tudo apenas para segui-los. Porém esses falsos mestres não dão o exemplo, não fazem, eles mesmos, a renúncia dos prazeres mundanos e dos bens materiais.
Um bom exemplo sobre dessa renúncia espiritual profunda é o do iogue tibetano Milarepa, do séc. XI. Ele dizia que queria viver e morrer sem remorsos. Queria libertar-se da culpa e do terror; queria ter paz de espírito e coração amoroso.
Hoje ele é lembrado como poeta e santo, mas, antes de dedicar a vida à iluminação, Milarepa foi responsável por várias mortes numa briga entre clãs na sua cidade. Com imenso remorso, culpa e terror, ele deu uma guinada completa, renunciou ao próprio comportamento, afastou-se da vida tumultuada em que se envolvera.
Sabemos que ele não renunciou inteiramente à família, porque sua irmã Peta o ajudou e acabou tornando-se iogue também. Milarepa alcançou a iluminação perfeita ainda em vida.
Esta frase explica bem isso tudo: “Libertar-se do apego significa romper o laço que o identifica com seus desejos. Os desejos permanecem: fazem parte da dança da natureza, mas quem renuncia já não mais se identifica com seus desejos”.
A renúncia implica diversos e penosos sacrifícios. E ninguém gosta de falar em sacrifícios atualmente. Parece algo fora de moda e enfadonho. É muito mais agradável tratar a espiritualidade em hotéis luxuosos, em ambientes caros, e todos vestidos com roupas caras, em eventos realizados com muita pompa. Falar de sacrifício e renúncia para esses líderes é quase uma ofensa.
Na verdade, os únicos sacrificados nessa história são os pobres discípulos desses falsos mestres, que têm que tirar água da pedra para conseguir participar desses eventos pomposos. Esses, coitados, têm que se sacrificar ao máximo.
Essas são as falsas renúncias, ou seja, são renúncias motivadas por falsos ensinamentos e falsos propósitos, renúncias motivadas por pressões emocionais e psicológicas.
Na espiritualidade verdadeira, ensinada por Mestres autênticos, a renúncia é uma opção espiritual que só pode ser realizada quando o solo está preparado e não pode ser imposta por outra pessoa, é uma decisão individual, interna.
Temos que alcançar a consciência de que estamos preparados para renunciar a estilos de vida, padrões de comportamento, desejos mundanos, renunciar ao ego horripilante, à arrogância e à maneira dura e agressiva de ser e de agir. E isso deve partir de nossa consciência, não pode ser imposto como regra de um líder ou de um determinado grupo.
Essa renúncia não é algo que se conquista do dia para a noite. Estamos cobertos por muitas camadas de parasitas incrustados, sedimentos, bugigangas da nossa horripilante sucata cármica. É necessário dissolver tudo isso aos poucos. Todos nós acumulamos bagagem emocional excessiva e só conseguimos nos desfazer dela aos pouquinhos. Só com o tempo, é possível dissolver essa bagagem calcificada. Para isso fazemos milhares de opções espirituais, pequenas e grandes. E fazemos isso dia após dia.
Um buscador autêntico precisa renunciar à sua própria vida, precisa trabalhar sobre suas tendências à ganância, ao consumismo, à ira, à ostentação, ao acúmulo de riquezas, à manipulação mental de outras pessoas. Cada pequena renúncia a cada hábito do pensar autodestruidor facilita mais ainda a nossa próxima renúncia.
Há 2.500 anos, quando o Buda viu o sofrimento que existia no mundo, ele abriu o coração compadecido; não fugiu do que viu, não cobriu a cabeça para se esconder, não escondeu a cabeça dentro do casco como faz a tartaruga. Não guardou os sentimentos nem evitou a realidade, isolando-se do sofrimento ao seu redor; pelo contrário, deu um salto gigantesco. Até os dias de hoje a terra ainda estremece com o seu pouso.
Há muitos aspectos e formas de renúncia a serem compreendidos, são níveis e níveis. Uma renúncia verdadeira e autêntica é conquistada após profundas reflexões e é fundamental no caminho espiritual. No entanto, neste mundo moderno em que vivemos, muitos líderes e guias espirituais não conseguem dar esse salto, não conseguem renunciar aos prazeres, confortos e riquezas.
O Senhor Buda nos deixou seu exemplo maravilhoso, o que nos serve de alerta para tudo o que acontece à nossa volta e também em nosso mundo interior.
Cabe a nós escolher se queremos continuar afundados na lama das doutrinas adulteradas, pregadas por falsos mestres e falsos Cristos, ou se queremos dar saltos espirituais gigantescos, motivados pelo exemplo do Buda Sidharta Gautama, do Mestre Samael e de outros Grandes Seres.
A decisão, como sempre, é nossa.
Paz Inverencial!
Amigos,
Foi citado, neste tópico, pelo Vítor Lunz, o exemplo do Buda Sidharta Gautama e sua a renúncia aos bens materiais, então me senti no dever de abordar esse exemplo de Buda, um grande Mestre de espíritos, pois considero essa uma virtude muito importante no caminho espiritual e creio que merece alguns comentários adicionais.
É importante aprofundar no tema da renúncia, que não é tão difícil assim de se entender. Renúncia significa sacrificar ou desistir de algo que pareça fundamental num momento dado em prol de algo que sabemos significar mais. Indubitavelmente, quando fazemos uma opção espiritual, estamos fazendo uma renúncia a outros estilos de vida.
É quase inevitável que uma jornada espiritual comece com uma decisão de renúncia a um certo modo de vida. Essa decisão tem menos a ver com a mudança de ambiente ou com abandonar pessoas do que com a transformação do seu interior, embora essa transformação interior leve, por conseqüência, a uma mudança radical de todo o modo de vida. Mais conhecimento interior, mais iluminação nos leva a compreender as ilusões deste mundo físico, motivando um distanciamento das coisas fúteis e passageiras, as riquezas, o dinheiro, a ostentação. É fundamental aprender o significado interior da renúncia para descobrir a naturalidade da sabedoria interior e a simplicidade autêntica e verdadeira.
É interessante e sempre uma fonte de inspiração observarmos a história de Sidharta Gautama, um jovem príncipe que renunciou aos prazeres de uma vida fácil e às riquezas do reino de seu pai para buscar o caminho da liberação e da iluminação.
Falarei um pouco sobre a história de Buda, na esperança de que possamos relembrá-la e retirar ensinamento desse valoroso exemplo espiritual, que até hoje inspira e conduz os buscadores.
Sidharta nasceu herdeiro de um trono. Pouco antes de seu nascimento, profetas locais haviam feito presságios, dizendo que o príncipe Sidharta poderia se transformar em um poderoso monarca ou se transformar em um asceta.
O rei, pai de Sidharta, apavorado com a possibilidade de ver o seu filho vivendo como um asceta, mendigando pelas ruelas, carregando um pires na mão e vestindo trapos, tentou impedir tal acontecimento. Para isso, o rei cercou o seu filho com todos os luxos e nunca permitiu que ele tivesse contato com o mundo exterior e seus problemas e sofrimentos.
Aos 28 anos de idade, Sidharta Gautama, com a ajuda de um criado, acabou se aventurando para fora do palácio pela primeira vez e viu coisas que mudaram a sua vida:
1) Um homem sofrendo dores de uma doença.
2) Um homem sofrendo aflições por causa da velhice.
3) Um homem morto sendo levado para ser cremado.
Esses impactantes contatos com o sofrimento do mundo fizeram brotar em seu coração sentimentos de imensa e profunda compaixão.
Por que tanto sofrimento? O que posso fazer para ajudar essas pessoas? Assim refletia e se perguntava o jovem príncipe Sidharta.
Quando voltava ao palácio, com essas indagações fervilhando dentro de seu Ser, deparou-se com um homem caminhando tranqüilo pela estrada. Esse homem estava usando uma túnica muito simples de um asceta errante, cheia de trapos, carregando um prato e pedindo esmolas.
Essa quarta visão determinou profundamente o rumo da vida de Sidharta Gautama.
Com tudo que viu e presenciou ao se deparar com o mundo real e sofrido fora do palácio, de tão assustador e comovente que foi, ele se sentiu na obrigação de fazer uma opção espiritual e de se tornar um buscador.
Naquela mesma noite, Sidharta saiu do castelo e deu as costas para as riquezas, o prazer e todo conforto. Trocou suas belas e requintadas roupas de nobre pelas roupas maltrapilhas de um asceta.
Alguns dizem que esses passos iniciais demonstram a total renúncia de Buda, mas a saída do castelo foi só o começo de uma longa caminhada. O Senhor Buda não alcançou a iluminação apenas porque abandonou a vida de príncipe, esse foi apenas o primeiro passo.
Mas justamente esse é um grande ensinamento de que muitos líderes espirituais do mundo atual se esquecem completamente. Muitos querem ser considerados grandes iluminados sem nunca terem renunciado aos prazeres mundanos. Isso é absurdo!
Infelizmente, a maioria dos buscadores não consegue vencer nem essa primeira prova.
O Buda se aprofundou tenazmente na meditação, praticou iogas e filosofias hindus de todos os tipos, durante anos, até se tornar totalmente iluminado. No transcorrer desses anos, teve que aprender a renunciar a milhares de outros apegos, e muitos deles ainda mais difíceis de serem vencidos.
Precisou abrir mão do próprio ego, das próprias opiniões, conceitos, convicções e interesses egocêntricos. Precisava se soltar dessas amarras, dessas prisões; precisava parar de ser contido pela ignorância, pelo desejo, pelo apego.
Muitos falsos Cristos e falsos Mestres tentam ser guias de milhares de pessoas sem nunca terem renunciado aos interesses egóicos, ao luxo, à arrogância, à forma dura e agressiva com que tratam seus subordinados. Muitos deles acham que a renúncia que importa é aquela que faz com que seus discípulos larguem seus familiares, seus afazeres e tudo o mais para se dedicarem e se entregarem ao seu líder, ao seu mestre, ao seu Cristo.
No entanto eles cometem o erro de pensar que o caminho espiritual deve incentivar-nos a distanciar das responsabilidades, dos amigos ou da família. A renúncia espiritual é muito mais profunda que qualquer um desses gestos exteriores.
Geralmente, os falsos mestres ensinam a seus discípulos a renunciarem a tudo apenas para segui-los. Porém esses falsos mestres não dão o exemplo, não fazem, eles mesmos, a renúncia dos prazeres mundanos e dos bens materiais.
Um bom exemplo sobre dessa renúncia espiritual profunda é o do iogue tibetano Milarepa, do séc. XI. Ele dizia que queria viver e morrer sem remorsos. Queria libertar-se da culpa e do terror; queria ter paz de espírito e coração amoroso.
Hoje ele é lembrado como poeta e santo, mas, antes de dedicar a vida à iluminação, Milarepa foi responsável por várias mortes numa briga entre clãs na sua cidade. Com imenso remorso, culpa e terror, ele deu uma guinada completa, renunciou ao próprio comportamento, afastou-se da vida tumultuada em que se envolvera.
Sabemos que ele não renunciou inteiramente à família, porque sua irmã Peta o ajudou e acabou tornando-se iogue também. Milarepa alcançou a iluminação perfeita ainda em vida.
Esta frase explica bem isso tudo: “Libertar-se do apego significa romper o laço que o identifica com seus desejos. Os desejos permanecem: fazem parte da dança da natureza, mas quem renuncia já não mais se identifica com seus desejos”.
A renúncia implica diversos e penosos sacrifícios. E ninguém gosta de falar em sacrifícios atualmente. Parece algo fora de moda e enfadonho. É muito mais agradável tratar a espiritualidade em hotéis luxuosos, em ambientes caros, e todos vestidos com roupas caras, em eventos realizados com muita pompa. Falar de sacrifício e renúncia para esses líderes é quase uma ofensa.
Na verdade, os únicos sacrificados nessa história são os pobres discípulos desses falsos mestres, que têm que tirar água da pedra para conseguir participar desses eventos pomposos. Esses, coitados, têm que se sacrificar ao máximo.
Essas são as falsas renúncias, ou seja, são renúncias motivadas por falsos ensinamentos e falsos propósitos, renúncias motivadas por pressões emocionais e psicológicas.
Na espiritualidade verdadeira, ensinada por Mestres autênticos, a renúncia é uma opção espiritual que só pode ser realizada quando o solo está preparado e não pode ser imposta por outra pessoa, é uma decisão individual, interna.
Temos que alcançar a consciência de que estamos preparados para renunciar a estilos de vida, padrões de comportamento, desejos mundanos, renunciar ao ego horripilante, à arrogância e à maneira dura e agressiva de ser e de agir. E isso deve partir de nossa consciência, não pode ser imposto como regra de um líder ou de um determinado grupo.
Essa renúncia não é algo que se conquista do dia para a noite. Estamos cobertos por muitas camadas de parasitas incrustados, sedimentos, bugigangas da nossa horripilante sucata cármica. É necessário dissolver tudo isso aos poucos. Todos nós acumulamos bagagem emocional excessiva e só conseguimos nos desfazer dela aos pouquinhos. Só com o tempo, é possível dissolver essa bagagem calcificada. Para isso fazemos milhares de opções espirituais, pequenas e grandes. E fazemos isso dia após dia.
Um buscador autêntico precisa renunciar à sua própria vida, precisa trabalhar sobre suas tendências à ganância, ao consumismo, à ira, à ostentação, ao acúmulo de riquezas, à manipulação mental de outras pessoas. Cada pequena renúncia a cada hábito do pensar autodestruidor facilita mais ainda a nossa próxima renúncia.
Há 2.500 anos, quando o Buda viu o sofrimento que existia no mundo, ele abriu o coração compadecido; não fugiu do que viu, não cobriu a cabeça para se esconder, não escondeu a cabeça dentro do casco como faz a tartaruga. Não guardou os sentimentos nem evitou a realidade, isolando-se do sofrimento ao seu redor; pelo contrário, deu um salto gigantesco. Até os dias de hoje a terra ainda estremece com o seu pouso.
Há muitos aspectos e formas de renúncia a serem compreendidos, são níveis e níveis. Uma renúncia verdadeira e autêntica é conquistada após profundas reflexões e é fundamental no caminho espiritual. No entanto, neste mundo moderno em que vivemos, muitos líderes e guias espirituais não conseguem dar esse salto, não conseguem renunciar aos prazeres, confortos e riquezas.
O Senhor Buda nos deixou seu exemplo maravilhoso, o que nos serve de alerta para tudo o que acontece à nossa volta e também em nosso mundo interior.
Cabe a nós escolher se queremos continuar afundados na lama das doutrinas adulteradas, pregadas por falsos mestres e falsos Cristos, ou se queremos dar saltos espirituais gigantescos, motivados pelo exemplo do Buda Sidharta Gautama, do Mestre Samael e de outros Grandes Seres.
A decisão, como sempre, é nossa.
Paz Inverencial!
Autor: Administrador do Fórum